VEC teme o futuro, caso competição não seja concluída nesse ano

Com todas as forças, o Veranópolis Esporte Clube iniciou a temporada neste ano na Divisão de Acesso, depois da triste queda no Gauchão anterior. Foram apenas três jogos, uma vitória e dois empates, antes da suspensão das atividades, no dia 17 de março, devido ao Covid -19. Nas primeiras semanas, muitas incertezas, porém, com o passar dos dias, ficou claro que o campeonato não retornaria tão cedo. 
Segundo o presidente do clube, Gilberto Generosi, o retorno aos gramados está marcado para o dia 09 de agosto, dia em que será disputada a quarta rodada da competição. Entretanto, para a equipe estar preparada, os treinos precisarão iniciar pelo menos 15 dias antes. O Treinador Cristian de Souza, ressalta a importância do retorno para treinos. “Não podemos lá em agosto, em uma semana, botar um time em condição de disputar um campeonato profissional. A ideia inicial era voltarmos em julho, para podermos treinar, mas, com esses impedimentos do Governo do Estado, começa a ficar preocupante a questão da realização do campeonato, realmente, em agosto”. 
A fim de manter o nível técnico, os jogadores foram liberados com a responsabilidade de se cuidar e fazer atividades físicas orientados pelo preparador físico, Luciano Ilha. Quanto à parte financeira, Generosi destaca que com essa parada ficará pior do que estava. “Temos gastos que continuam, embora as atividades estejam paradas. Vamos precisar de ajuda de todos quando reiniciar a competição”, destaca. 

CONTRATOS

O presidente explica que os contratos estão suspensos. “Vamos aproveitar o decreto do Presidente Bolsonaro que irá pagar dois meses dentro do valor liberado para cada funcionário/jogador. Os contratos serão retomados quando a competição reiniciar. Não iremos deixar ninguém mal nessa questão”. Depois desses dois meses o clube voltará a pagar o salário conforme contratos. 
Conforme Fininho Kufner, gerente de futebol do Veranópolis, somente o caso de três atletas não está definido. “Com todos os outros nós fizemos um acordo, onde o clube se compromete com a manutenção do emprego. Os outros três atletas ainda estão em negociação, daqui um pouco, pode ser que eles fiquem. O clube não está abrindo exceções, então é a mesma situação para todos”, explica. Já a comissão técnica, em sua totalidade, aceitou o acordo. 
As definições, segundo Fininho, ainda não estão claras, pois não há certezas quanto às datas de apresentação, dentre outras questões. “Hoje qualquer coisa que falarmos será especulativa, por hora, conseguimos dar uma apaziguada com os funcionários dessa maneira. É claro que a situação é muito delicada, temos que aguardar o andamento e acreditar que a competição volte na data programada em agosto, mas hoje, não dá para garantir nada”, destaca. Ainda não houve nenhuma rescisão de contrato, todos estão vinculados com o clube.
 

PERSPECTIVAS

O que torna o futuro preocupante para o clube, são as incertezas. “Não se sabe até quando essa pandemia irá ficar por aqui. Essa data de reinício foi acertada com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para termos um norte nas questões dos clubes e do campeonato. Caso seja liberado tudo acontecerá conforme programado, caso não seja, vamos retomar o assunto com a FGF e com os demais clubes”, destaca Generosi. 
Generosi garante que uma certeza é que “todos terão que ceder um pouco, pois ninguém sairá ganhando com a paralisação, a não ser a nossa saúde e a certeza de que um dia tudo voltará ao normal, seja como for o nosso novo normal”. 
Quanto à possibilidade de retorno com os portões fechados, o presidente destaca que o ideal para o esporte é que estejam abertos e com ingresso acessível para que todos possam assistir. Entretanto, na atual situação de enfrentamento à pandemia, seria indiferente os portões estarem fechados ou não, pois a maior necessidade do clube é terminar o campeonato neste ano. “Claro que se os portões estiverem fechados, teríamos problema com a torcida, com ingressos que foram vendidos antecipadamente, mas para o Veranópolis o importante e necessário é que o campeonato termine, tendo em vista a questão financeira”, afirma. 
Na possibilidade de o campeonato não terminar este ano e retornar no ano que vem, a continuidade do clube será colocada em risco. “Se o campeonato não termina e passa para o ano que vem, a possibilidade do Veranópolis desistir de tudo é de 99%. Nós não teríamos condições financeiras de reiniciar. Não temos o dinheiro para terminar o campeonato deste ano. Parte já foi gasta e uma mínima parte teríamos ainda, que não é suficiente. Então, imagina começar uma competição do zero no ano que vem. A parte financeira estaria zerada”, destaca o Presidente.  Sendo assim, no momento, a direção torce para que seja possível terminar o campeonato neste ano e claro, que o VEC consiga alcançar o retorno à primeira divisão.

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