Aumento da RGE, bandeira tarifária e inverno: saiba quanto mais cara pode ficar a conta de luz

Com aumentos de todos os lados, moradores da Serra podem levar um “choque” quando receberem as próximas contas de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode aprovar, na próxima semana, um reajuste das bandeiras tarifárias em função do desabastecimento de hidrelétricas pela seca no país, o que pode acarretar um aumento de cerca de 20% na conta. Além disso, o mês de junho também marca o reajuste anual da RGE e, para piorar a situação do bolso do consumidor, os meses de invernos têm o tradicional aumento do consumo provocado pelo frio.    

Na semana passada, a RGE, que atende a 381 municípios no Estado e cerca de 550 mil unidades na Serra, teve aprovado o seu o reajuste tarifário anual pela Aneel, que já está em vigor e vai impactar no preço das próximas contas. A tarifa terá um aumento médio de 9,93% para os clientes do grupo B, conectados na baixa tensão, ou seja, as residências, propriedades rurais, indústrias e comércios de pequeno porte. Para os consumidores ligados à alta tensão, como indústrias e comércios de grande porte, o aumento médio aprovado foi de 10%. 

No cálculo da tarifa, a operadora diz que pesam os custos com a compra de energia dos geradores, com sistema de transmissão e com a distribuição da energia elétrica, assim como com os encargos setoriais, além de cenário hídrico e variação da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do país no mês de junho ainda não foi divulgado, mas o último dado de maio mostra que o acumulado dos últimos 12 meses foi de 8,06%, ou seja, o aumento da luz da RGE ficou acima da inflação. O reajuste anual de 2021 também é cerca de 50% maior do que foi o do ano passado. 

Somados, os aumentos podem deixar a conta de luz dos próximos meses 30% mais cara. Mas o consumidor pode se deparar com mais do que o dobro do gasto dos últimos meses por conta do consumo maior tradicional neste período de baixas temperaturas e muita umidade na Serra, quando equipamentos como aquecedores, secadoras de roupas e outros aparelhos costumam ser mais utilizados. 

E não para por aí. Com esta previsão de aumento de energia elétrica, o efeito é em cascata podendo impactar no aumento de produtos e serviços. O peso da energia elétrica no IPCA é de 3,96%. 

Fonte: Pioneiro

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