Veranópolis estuda distribuir máscaras de tecido para a população

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, dia 03, o prefeito Waldemar De Carli, afirmou que o município estuda a possibilidade de aquisição de máscaras de tecido para serem distribuídas para a população.

Segundo o prefeito, elas se tornariam obrigatórias para serem usadas em locais públicos e com aglomeração de pessoas, como para ir ao supermercado.

Para isso, a Prefeitura estuda a sua eficácia, para posterior compra.

Não foi informada a quantidade a ser adquirida.

Para que servem e quando usar?

Médica infectologista, Regina Valim, explica que há diferenças entre as máscaras disponíveis no mercado: têm as de uso exclusivo para coleta de exames, as cirúrgicas vistas com frequência em consultórios médicos e pronto-atendimentos, as acrílicas – que formam uma espécie de escudo no rosto de quem usa -, além das máscaras de tecido, mais comuns ao comércio popular. Cada tipo de máscara é confeccionado com material diferente e, portanto, não deve ser usado para o mesmo fim, nem para qualquer situação.

Máscara N95

Citada repetitivamente entre os meios de comunicação nos últimos dias, quando se fala sobre os equipamentos de proteção individual de profissionais de saúde, a N95 é a máscara mais indicada para os profissionais que fazem a coleta de secreção dos pacientes com suspeita da doença. De acordo com a especialista em infectologia, essas máscaras têm uma espécie de filtro inibem a passagem de micropartículas e de pequenos de micro-organismos.

– A recomendação dos órgãos como o CDC é utilizar a N95 em procedimentos de aspiração, quando vai entubar, colher secreção de um paciente, por exemplo. Porque ela funciona barrando a penetração dessas partículas muito pequenas – explica a especialista.

Apesar de ser uma máscara bastante segura em relação ao contato com pacientes infectados, ela não é indicada para qualquer pessoa, especialmente se for um paciente contaminado, já que ela dificulta, também, a ventilação.

Máscara cirúrgica

Feitas com material diferente do tecido, as máscaras cirúrgicas têm contensão menor do que as N95, mas servem para atendimentos médicos comuns. As mais procuradas em farmácias pela população, após a pandemia do coronavírus chegar ao Brasil, seguem no comércio de SC. Segundo a infectologista, elas diminuem a passagem de partículas maiores do que micropartículas e dificilmente são usadas em pacientes.

Máscara de tecido

Vendidas em livre demanda em farmácias, lojas, ou mesmo fabricadas em casa, são indicadas para pacientes com sintomas virais, como o coronavírus. Elas diminuem a passagem dos organismos para o ambiente, no entanto, não têm função de barreira completa.

– As máscaras de pano não têm filtro. De qualquer forma, protegem melhor a pessoa que está com algum sintoma de passar para alguém enquanto tosse ou espirra – esclarece.

Máscara de acrílico ou acetato

Em formato de um escudo, encobrem boa parte do rosto e funcionam essencialmente como uma barreira. No entanto, para que sejam seguras o suficiente, precisam ser usadas sobre uma máscara cirúrgica, avalia a infectologista, já que na parte inferior, ela é aberta.

De qualquer forma, a especialista acha interessante aos profissionais da área da saúde, já que pode ser usada sem os óculos de vidro, por exemplo, quando se realiza um procedimento mais invasivo em pacientes e que demandam outros equipamentos de segurança.

Fonte: Rede NSC

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