REPORTAGEM: E se Cotiporã voltasse a se chamar Monte Vêneto?

Cercada por vales e belas paisagens, Cotiporã retrata a história de superação e força dos imigrantes italianos que aqui chegaram, vindos da Vila de Vêneto, na Itália, se instalando no topo de um monte nas linhas Frei Caneca e Independência, a partir de 1885, em busca de uma vida melhor. Junto aos imigrantes poloneses e alemães, ergueram, em 1892, a Freguesia de Monte Vêneto, em homenagem à região do Vêneto, na Itália, de onde eram procedentes.

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Apesar de já comum para a população, o nome Cotiporã veio como uma imposição do governo, obrigando que a comunidade deixasse suas origens de lado em razão do autoritarismo político. Agora, em 2021, um debate acerca desse desejo e possibilidade de que o município voltasse a se chamar Monte Vêneto começa a ser levantado novamente pela população. 

Os primeiros passos

Um dos principais nomes envolvidos nessa ideia é o do ex-prefeito José Carlos Breda, que ainda em seu mandato, começou a articular um estudo no que diz respeito à mudança de nome do município. Para ele, a atual Cotiporã tem se caracterizado cada vez mais como um município turístico e é preciso um nome que traga a identificação cultural. Breda ainda acredita que a mudança não foi por um motivo louvável, e sim pelo autoritarismo de um ditador, que exigiu que a cultura estrangeira fosse abafada e deixada de lado.

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O posicionamento do ex-prefeito vem ao encontro do que relata a cotiporanense Luana de Marco Giacomelli, que cresceu aos exemplos da nona, ouvindo e aprendendo o dialeto e admirando os costumes italianos. Luana também teve influências alemãs em sua família, mas sua nona nunca passou os ensinamentos da língua para as próximas gerações, porque na época era proibido falar em outras línguas. 

 

Quer saber mais sobre esse tema? Ouvir a opinião de moradores da região? O que pensa o atual prefeito de Cotiporã? Como ocorreria essa mudança de nome?

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