Longe dos quadros, mas sempre ao lado dos livros: vínculo entre escola e alunos é mantido

Desde a primeira suspensão das aulas devido ao coronavírus, no dia 18 de março, a Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Lazer e Juventude de Veranópolis preocupou-se em manter o desenvolvimento das atividades pelos alunos em suas casas, fazendo a distribuição física das mesmas. Com a determinação do do Governo do Estado de extensão da parada até o dia 30 de abril, novas atividades foram entregues. E na sexta-feira, dia 17, os pais entregaram as atividades já realizadas e retiraram o material a ser realizado até o dia 30.

A mediação entre professores, pais e alunos está sendo feita através do WhatsApp. Segundo a Secretária Izabel Cristina Durli Menin, a partir de levantamento desenvolvido pelas escolas, definiu-se que com esta ferramenta grande número de alunos. Por isso, foram criados grupos de WhatsApp, onde os professores enviam vídeos, explicações e interagem com as famílias e alunos.  “Com as entregas físicas e os grupos de WhatsApp, buscamos não deixar o aluno sem atividades e acolher as famílias. Nada substitui a presença do professor e o espaço da escola, mas o objetivo é que esse vínculo seja mantido”, salienta. 

 

Desafios

Os desafios deste distanciamento são muitos, não só para os alunos e professores, mas também para os pais. Muitos, estão acompanhando de perto a realização das atividades. Fernanda Farenzena Bim e Débora, mãe e irmã do aluno Davi, 13 anos, que estuda no 8º ano EMEF Irmão Artur Francisco, buscam participar intensamente do processo. “Percebemos que está sendo muito válido para os alunos desenvolver estas atividades. Mas é preciso acompanhar bastante, pois é um momento diferente e inesperado para todos”, destacam.  

Izabel salienta a importância desta união entre a  escola e a família. “Perceber o papel insubstituível que o professor tem no ensino e aprendizagem é a maior lição que estamos vivendo. Como, nesses 45 dias, nós precisamos dos professores e eles, dos pais. Precisamos uns dos outros para que a nossa criança fique bem em casa”. 

 

Preocupação com o processo de aprendizagem

O decreto estadual suspendeu as aulas até o dia 30 deste mês e ainda não se tem outras informações. Mas o que Izabel garante, é que os alunos não serão prejudicados. “Não é só recomeçar a aula simplesmente. No retorno, faremos um diagnóstico de toda a rede e se preciso for, se reinicia o ano. Porque a aprendizagem é do aluno, o protagonismo é dele, o que importa é o seu bem estar  e o processo de ensino-aprendizagem, e eles serão respeitados”. 

Além disso, a volta será gradativa, por isso, está sendo estudada a organização da dinâmica da escola para que não haja aglomeração. Izabel também afirma que as avaliações serão bem pensadas, evitando prejuízos para o aluno. “É o momento de nos ajudarmos, pensarmos nos alunos, famílias e professores que estão num processo de adaptação.”, conclui. 

 

Municípios da microrregião

As escolas municipais da microrregião também disponibilizaram atividades para os alunos. Em Fagundes Varela, desde a primeira suspensão das aulas, os alunos da E.M.E.F. Caminhos do Aprender, da Creche ao 5º ano, estiveram realizando as atividades em casa. Na última segunda-feira (13), os pais retiraram o material com as atividades de apoio referentes ao mês de abril. O contato entre famílias e escola está sendo através das redes sociais e do WhatsApp da escola. 

Na última aula antes da suspensão em Cotiporã, os professores da EMEF Caminhos do Saber e da EMEI Amor e Carinho, entregaram alguns materiais para serem realizados. E na última segunda-feira, dia 13, foram entregues mais atividades. Os professores disponibilizaram um contato telefônico e um e-mail de cada escola  tirar dúvidas e para manter o contato. 

A primeira retirada das atividades em Vila Flores  aconteceu nos dias 06 e 07 de abril. A distribuição das novas atividades complementares aconteceu na  quinta e sexta-feira, dias 16 e 17 de abril.