Radar que monitora possíveis movimentações de solo deve permanecer por mais seis meses em Bento Gonçalves

Custo para manutenção do equipamento deve girar em R$ 1 milhão, que será pago pelo governo federal

O radar geotécnico, responsável pelo monitoramento das áreas que sofreram deslizamentos de terra nas chuvas o início de maio, no interior de Bento Gonçalves, deve seguir funcionando nos próximos meses. O equipamento, instalado em um trecho entre o distrito de Faria Lemos e a ponte do arroio Pedrinho, na Linha Alcântara, foi cedido, em forma de empréstimo por uma empresa privada. No entanto, em reunião realizada na semana passada com o governador Eduardo Leite e autoridades locais, foi anunciado que a estrutura poderia ter de ser devolvida, caso o município não arcasse com as despesas de aluguel ou compra do equipamento, avaliado em R$ 7 milhões de dólares, ou seja, R$ 37,8 milhões.

Na segunda-feira, 24, o Governo Federal garantiu a permanência do equipamento, informando o pagamento do aluguel do radar, que chegou à Bento Gonçalves por intermédio da mineradora Vale S.A. Ele pertence a empresa Ground Probe e auxiliar no controle e registro de possíveis movimentações de massa no trecho que sofreu duramente com os eventos climáticos.

O radar funciona coletando dados simultaneamente. Qualquer mudança no ambiente analisado, as informações são encaminhadas ao Núcleo de Riscos Geológicos, que segue instalado no ginásio do distrito de Faria Lemos.

De acordo com as informações, para manter o equipamento em funcionamento no município, estima-se que sejam pagos, nos próximos seis meses, R$ 1 milhão. Estima-se, segundo a prefeitura, que a contratação vigore entre quatro e seis meses. Durante este período, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) será responsável pelo aporte financeiro do aluguel.

O equipamento monitora cerca de 30 quilômetros de extensão, indicando possíveis alterações no solo. Considerado imprescindível pelas autoridades locais, o radar auxiliou, inclusive, em informações mais precisas sobre a situação do território durante as chuvas da metade de junho, que ocasionaram elevação de rios e novas movimentações de terra na região.

No domingo, 23, após emissão de novo alerta pelo equipamento, a ERS-431 voltou a ser fechada temporariamente para garantir a segurança de motoristas e moradores do entorno.

Foto: Fabiane Capellaro / Reprodução

Fonte: Jornal Semanário

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