Escolas de Veranópolis se preparam para o retorno gradual dos alunos

A retomada das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas tem gerado muitas dúvidas entre os pais e responsáveis, em especial ao se tratar dos ensinos infantil e fundamental. Alguns municípios do Rio Grande do Sul têm buscado se adequar às exigências dos órgãos de Saúde e ao decreto publicado no mês de Setembro, que estabelecia o retorno presencial gradual das aulas.

Veranópolis, porém, em pesquisas juntamente às famílias preferiu manter-se no ensino remoto, pois as mesmas ainda não consideravam seguro o retorno de seus filhos às instituições de ensino. Em coletiva manhã desta terça-feira (06), a Secretaria Municipal de Educação anunciou que haverá o retorno gradual das aulas presenciais, respeitando as orientações de saúde, mas também respeitando a decisão dos pais.

Após ser decretada a quarentena devido à pandemia, o setor precisou se readaptar, em um primeiro momento, com envio quinzenal de atividades para serem realizadas em casa, e logo depois adaptando-se ao ensino remoto, através de plataforma de reuniões no ambiente digital. Agora, o município está se organizando para, gradualmente, receber de volta e de maneira presencial esses alunos.

“Cada escola tem a autonomia de receber de volta esses alunos, porém respeitando a capacidade e também a estrutura do ambiente. Então, numa das maiores salas que possui 36 classes, apenas 11 estão disponíveis para os alunos, pois estamos obedecendo os um metro e meio de distanciamento. Nesse momento precisamos da compreensão dos pais, pois haverá diferença na quantidade de alunos por sala ou turma.”, diz Izabel Cristina Durli Menin, secretária da pasta no município.

Critérios para o retorno

Para que o retorno seja realizado, as escolas também precisam seguir alguns critérios pré-estabelecidos, como a tomada das medidas sanitárias e carga horária do professor – que para o modelo atual é de duas horas por turma, lembrando que esse profissional também está disponível para o ensino remoto, para aqueles em que os pais optaram pela modalidade de ensino e consentimento dos pais.

“A partir das pesquisas realizadas, organizamos o protocolo das escolas. O primeiro ponto, é que nessa fase os pais não entram na escola, apenas deixam o filho na porta. Na portaria sempre haverá alguém fazendo a medição de temperatura desse aluno, seguido da higienização das mãos, dos pés com tapete sanitizador e borrifadas de álcool em gel em suas mochilas”, diz Izabel.

As escolas também providenciaram os EPIs necessários para que as crianças estejam em aula, adquirindo faceshields e máscara, para as criançasde 4 a 5 anos, assim como paras as de 1º a 5º anos, e do 6º a 9º anos, somente máscaras. Os professores também estão equipados com faceshields, jalecos e toucas. Também foram instaladas pias para que possam fazer a higienização das mãos e adquirimos termômetros para o transporte.

“Precisamos enquanto sociedade desconstruir aquela imagem de escola que todo mundo chega junto na entrada, todo mundo sai do ônibus junto. A escola se reestruturou diante de um novo cenário e nós temos que respeitar. Para isso precisamos do apoio e compreensão de todos. Nem tudo que se faz, nós achamos fácil ou gostaríamos de estar fazendo, mas é o cenário e é o novo momento que nos exige esses cuidados. Agora o que precisamos é respeitar esses pais que querem que os filhos continuem em casa e também ajudar esses pais que precisam da escola”, diz Izabel.
 

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