Os 15 dias da primeira transfusão de plasma convalescente ocorrida no Rio Grande do Sul foram completados nesta terça-feira (9). O período é marcado pela evolução do paciente de 63 anos, diagnosticado com coronavírus e internado na UTI do Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul. Ele recebeu o material de um homem recuperado da covid-19 e nesta terça acordou do coma induzido.
O paciente estava sedado para que o processo de entubação e ventilação respiratória fossem eficazes.
A melhora respiratória dos pulmões começou a acontecer cerca de três dias após a transfusão. Agora, ele consegue ficar sem a ajuda do respirador durante o dia, voltando a utilizar à noite. A maior expectativa é de que ele fique totalmente fora do equipamento em breve.
O paciente agora precisa apresentar evolução no quadro de fraqueza muscular. Para isso, fisioterapias respiratórias serão intensificadas de acordo com as condições dele.
O processo de transfusão de plasma convalescente faz parte de um tratamento experimental em que se acredita que os anticorpos do paciente recuperado da covid-19 sejam passados ao doente. A doação do plasma foi possível graças a um equipamento do Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs) capaz de realizar o procedimento.
O doador é um pesquisador da área de Biomedicina, de Porto Alegre, que já contraiu coronavírus. Fabio Klamt, 44 anos, que defende o tratamento como o uma terapia de primeira escolha e acabou sendo o primeiro doador compatível para que sua pesquisa se tornasse real no Rio Grande do Sul.
Fonte: Pioneiro