Petrobras reduz em 3% o preço da gasolina e do diesel nas refinarias a partir desta terça-feira

A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 3% a partir desta terça-feira (14), informou a companhia, após ter mantido os valores de ambos os combustíveis estáveis por semanas.

A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel tinha a cotação estável desde 21 de dezembro, quando houve um aumento de 3%. Nos preços da gasolina, houve um aumento de 4% no dia 27 de novembro.

A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.  A redução do preço dos combustíveis nas refinarias ocorre após um acomodação dos preços internacionais do petróleo.

O petróleo Brent (referência internacional) fechou abaixo dos US$ 65 por barril na sexta-feira (10) e registrou a primeira queda semanal (-5,3%) desde o final de novembro, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio. No dia 6, o preço do barril do tipo Brent chegou a bater US$ 70, valor mais alto desde setembro.

Nesta segunda-feira (13), os preços de referência da commodity caíam cerca de 1% no início da tarde. No dia 3, após os ataques dos Estados Unidos que mataram um comandante militar do Irã e elevaram a tensão no Oriente Médio, a Petrobras divulgou comunicado em que já afirmava que não faria um reajuste imediato nos preços dos combustíveis.

A estatal destacou na ocasião que, “de acordo com suas práticas de precificação vigentes”, não há periodicidade pré-definida para reajustes dos valores dos combustíveis nas refinarias.

“Os reajustes estão bem em consonância com o que aconteceu no mercado internacional. As cotações devolveram bastante depois do pico da crise no Oriente Médio, e eles [o mercado] já tiraram praticamente todo o risco do preço do petróleo”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.

“Na semana passada, a Petrobras já poderia ter reduzido o preço, mas eu acredito que eles esperaram a situação se acalmar, passar o fim de semana, para ver se não haveria nenhum repique na crise lá fora.”

Em meio a preocupações com os possíveis efeitos de tensões no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado alternativas para aliviar repasses de altas do petróleo aos combustíveis.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante na semana passada que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas. O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado que seu governo não irá intervir na política de preços da Petrobras.

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