Polícia Civil investiga motivação do sequestro da pequena Fabíola em SC

A Polícia Civil de Santa Catarina tem dez dias para concluir o inquérito sobre o sequestro de uma menina de quatro anos, a pequena Fabíola, ocorrido na noite da última sexta-feira da casa dos pais em Palhoça. A motivação do crime, cometido por um jovem casal de gaúchos que foi preso, ainda está sendo investigada pelas autoridades catarinenses.

Na madrugada de domingo, os policiais civis catarinenses localizaram o cativeiro da criança em uma casa de dois pavimentos no bairro Cachoeira do Bom Jesus, no Norte da Ilha de Florianópolis. O casal de gaúchos, que reside há alguns anos na capital catarinense, foi preso em flagrante e vai responder por sequestro qualificado.

Na residência foi localizado um Volkswagen Gol, de cor branca, idêntico ao visto no sequestro da criança ocorrido de dentro de casa no bairro Pacheco, em Palhoça. No sequestro, a mãe foi agredida com uma paulada e ficou semiconsciente. O casal já teria se aproximado da residência da vítima em meados deste mês.

O delegado Fábio Pereira, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Palhoça, explicou que o homem foi encontrado no piso térreo da casa e tentou resistir à ação policial com violência, sendo imobilizado. “Ele foi indagado se havia mais alguém na casa e primeiramente disse que estava sozinho. Os policiais insistiram e ele disse que estava com a esposa. Em um terceiro momento, ele disse que havia uma menina que eles estavam cuidando”, lembrou.  

No andar superior da moradia, os agentes encontraram então a criança em um quarto nos braços da mulher. “Ela não soltava a criança de maneira alguma. Foi dado voz de comando para que ela largasse a criança e ela não atendia, Na sequência, os policiais conseguiram fazer a contenção”, recordou. A mulher foi também detida. Resgatada, a menina que estava assustada, mas depois se acalmou. “A menina se emocionou um pouco, mas depois foi conversando e dando risada na viatura. Inclusive disse que éramos os super-heróis dela”, lembrou o delegado João Fleury, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado de Florianópolis.

Na residência havia fezes de animais misturadas com roupas de criança, além de “brinquedos macabros e bonecas pintadas como se fosse filme de terror” e “caricaturas do coringa espalhadas”. O delegado João Fleury avaliou que a casa estava em uma “bagunça generalizada, sem condições nenhuma de estadia de qualquer ser humano”. Ele acredita que a criança não permaneceria muito tempo naquele local.

Em entrevista coletiva à imprensa realizada no domingo, o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil de SC, Paulo Koerich, destacou que “mais uma vez o Estado de Santa Catarina mantém-se na vanguarda há mais de 25 anos na elucidação de todos os casos de sequestro que aconteceram no nosso território catarinense”. Ele destacou a integração das forças policiais no caso.

Já a diretora de Polícia da Grande Florianópolis, delegada Eliane Chaves, destacou o trabalho conjunto. “Com a segurança unida nós conseguimos chegar a esses resultados positivos que vêm sendo uma consequência do nosso trabalho”, afirmou. “O objetivo principal era trazer esta criança ilesa, bem…e entregar de volta para a família. Isto conseguimos”, enfatizou. “A prioridade era trazer a criança de volta”, frisou.

Por sua vez, o delegado Fábio Pereira afirmou que “desde o registro do boletim de ocorrência, as forças de segurança estiveram atuantes a fim de lograr êxito e descobrir onde estava o cativeiro”. 

Fonte: Correio do Povo

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