Vereadora de Teutônia é suspensa após acusar colega de “ter amantes”

Neide Schwarz (PSDB) perde 60 dias de mandato e ficará sem salário pelo período

A política de Teutônia no Vale do Taquari parece mais novela que sessão legislativa. Na última terça-feira (2), a Câmara de Vereadores aprovou o afastamento da parlamentar Neide Jaqueline Schwarz (PSDB) por dois meses, sem direito a salário, depois que ela usou a tribuna para revelar — em plena sessão pública — supostas relações extraconjugais do colega Valdir Oliveira do Amaral, o “Dirinho” (PSD). Em seu discurso, Neide mencionou que o vereador teria “duas amantes”, o que provocou forte reação entre os parlamentares.
“Você quando vice-prefeito, além de dormir com sua linda esposa que tinha em casa a mãe das tuas filhas, você também tinha uma namorada aqui na Casa do Povo e outra no Executivo”, disse a vereadora na tribuna. Em sua defesa, Neide afirmou que suas declarações não tiveram intenção de ferir Valdir, mas de resguardar sua própria integridade.
A cena rendeu mais do que olhares constrangidos: virou caso para a recém-criada Comissão de Ética, que decidiu pelo afastamento da vereadora. “Não é o lugar adequado para discutir a vida pessoal de ninguém, mas sim projetos para a comunidade”, justificou o presidente da comissão, Moisés Bageston Cardozo, o “Cavalinho” (PSD). Mas a história não parou por aí. Antes da votação, a defesa de Neide correu à Justiça com um mandado de segurança de última hora, alegando cerceamento de defesa e quebra de imunidade parlamentar.
O pedido foi negado pelo juiz Luis Gustavo Negri Garcia — e o despacho saiu apenas 23 minutos antes de começar a sessão, como se fosse roteiro escrito para aumentar a tensão dramática. Agora, a dúvida que movimenta os corredores da política de Teutônia é: entra ou não entra o suplente? O presidente da Casa, Luias Henrique Ahlert Wermann (PSD), tem nas mãos a decisão de convocar ou não o suplente Ricardo Roth (PSDB), que fez 262 votos em 2024. “É uma decisão delicada: respeitar o suplente ou não premiar alguém por uma punição”, ponderou Wermann.
Do alto da tribuna, Neide não deixou barato. Alegou perseguição, cobrou isonomia e ainda apontou que outros vereadores também “passaram do ponto” em falas durante o ano. Formalizou até denúncia contra dois colegas: o próprio Cavalinho e o sempre citado Dirinho. Cavalinho, por sua vez, respondeu sem perder o bom humor: “Deixa vir. Se precisar me tirar da presidência, tudo certo”.
Com esse enredo, a Câmara de Teutônia ganhou os holofotes da semana, misturando política, moralidade e, claro, um tempero digno de novela das nove. Enquanto isso, a cadeira de Neide fica vazia, e a cidade aguarda os próximos capítulos desse drama político com toques de comédia involuntária.
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FONTE: PORTAL ADESSO: https://www.facebook.com/photo/?fbid=1252672830209639&set=a.422634666546797

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