Do sonho à realidade

O que faz um bombeiro? Como ser bombeiro? Você sempre quis ser bombeiro? Podemos visitar os bombeiros? Essas e muitas outras perguntas foram a mola propulsora para que os alunos participantes do Projeto FOQUINHAS da EMEF Felipe dos Santos realizassem, no dia 03 de novembro, uma entrevista com o Sargento Garcia, representante do Corpo de Bombeiros de Veranópolis.

Confira na íntegra as perguntas e respostas, encante-se com as fotos e descubra mais sobre experiências de vida baseadas em sonhos infantis que se transformaram em realidade.

 

FOQUINHA: De onde veio a paixão de ser bombeiro?

SARGENTO: Quando eu era criança, já pensava em ser bombeiro. Um padrinho, que não era meu “padrinho” na verdade, meio que me “apadrinhou na profissão”, pois era um amigo de infância do meu pai. O meu pai era do Exército do Rio de Janeiro e depois voltou para o RS e esse amigo de infância do meu pai era bombeiro. Quando eu era criança, eu ia na casa dele e via a farda pendurada. Tinha um cinto, que era de couro e grosso, e se usava por fora do fardo. Agora mudou a farda e, quando o Corpo de Bombeiros se separou da Brigada Militar, alterou a cor e o tipo de material. Então, desde criança eu quis ajudar as pessoas e sempre quis ser bombeiro.

 

FOQUINHA: Por quais etapas você passou para ser bombeiro?

SARGENTO: Tanto para bombeiro quanto para a Brigada Militar é um concurso público. A primeira coisa que você faz é uma prova, abre um edital e você se inscreve pela internet. Hoje em dia, dependendo da classificação, você é chamado. Na minha época era pela nota e você escolhia o Corpo de Bombeiros ou a Brigada Militar. Eram 200 vagas para o bombeiro em 2003 e eu entrei para o Corpo de Bombeiros. Em 2001 foi a prova e demorou um tempinho para chamarem, pois você faz a prova e ainda demora para te chamarem, um ano ou dois, como todo o concurso público, tem um curso e o meu durou 9 meses em 2003, começando em fevereiro e acabando em dezembro. Durante o curso é igual a uma aula e eu podia sair para dormir em casa (Porto Alegre), mas quem morava no interior acabava tendo que ficar lá, na Academia dos Bombeiros em Porto Alegre, e fica lá até você ter uma folga para poder viajar. Tem colegas que ficam uns dois meses.

 

FOQUINHA: Você indica a carreira de bombeiros para os jovens?

SARGENTO: Sempre que vem alguém me perguntar, eu faço questão de mostrar tudo para ver como que é e a gente precisa disso e a gente, eu e minha esposa, quando íamos para o shopping, víamos a criançada só no celular e, às vezes, você fica pensando qual vai ser o futuro dos bombeiros? Será que vai ter gente disposta a usar a força para pegar uma enxada, cravar e puxar? Então, quando vem gente, eu procuro incentivar a gurizada a se interessar porque exige muita força e físico. Então, quem pensa em ser bombeiro, deve se preparar desde novinho.

 

FOQUINHA: Existe alguma diferença no trabalho ou no tratamento entre um bombeiro homem e uma mulher?

SARGENTO: Não existe, pois, o que o bombeiro homem faz, a bombeira mulher pode fazer também. O que muda é quando você vai entrar nos bombeiros, na prova do concurso e depois nos testes físicos.

 

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