Saiba mais sobre a vacina da Pfizer, única autorizada para uso em adolescentes no país

Da primeira vacina contra a covid-19 aplicada no Brasil, em 17 de janeiro, até agora, já são mais de 118 milhões de doses administradas. No país, quatro imunizantes estão autorizados para uso: Pfizer, CoronaVac,  Janssen e Oxford/AstraZeneca.

Com tecnologias diferentes, as vacinas variam no percentual de eficácia, intervalo entre doses e contraindicações. O imunizante da Pfizer, por exemplo, é o único, atualmente, que pode ser aplicado em adolescentes a partir dos 12 anos. Testes em bebês e crianças com 11 anos ou menos já são conduzidos fora do Brasil.

Abaixo, veja as particularidades do imunizante da Pfizer.

Eficácia

  • Estudo publicado na revista médica The Lancet mostra que a vacina é “altamente eficaz” em maiores de 16 anos, sete dias após a segunda dose: protege 95,3% contra a infecção, 97,2% contra hospitalização e 96,7% contra morte.
  • A proteção cai drasticamente com apenas uma dose: 57,7% contra a infecção, 75,7% contra hospitalização e 77% contra morte, em maiores de 16 anos.

Ação contra variantes

  • Dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Israel mostraram uma queda na proteção para cerca de 64% em razão da propagação da variante Delta. Por outro lado, um estudo do Reino Unido demonstrou que duas doses da vacina evitam hospitalização devido à cepa indiana em 96% dos pacientes.

Público

  • No Brasil, o imunizante é o único que pode ser aplicado em pessoas acima de 12 anos. Gestantes e puérperas – mulheres até 45 dias após o parto – também podem receber a vacina.
  • No RS, o governo gaúcho autorizou, na segunda-feira (12), que sejam vacinados adolescentes de 12 a 17 com comorbidades.

Faixa etária

  • Autorizada a partir dos 12 anos.

Interações medicamentosas

  • Em bula, o fabricante informa que a vacina não foi avaliada para uso concomitante, ou seja, no mesmo dia ou junto com outro imunizante.

Fabricante

  • Parceria entre a farmacêutica Pfizer e o laboratório BioNTech.

Tecnologia

  • RNA mensageiro: nesta tecnologia, a vacina leva o código genético do vírus que “ensina” o nosso organismo a se proteger do invasor, gerando um resposta imunológica em caso de ataque.

Intervalo entre doses

  • Conforme a bula, o esquema de duas doses deve respeitar o intervalo maior ou igual a 21 dias.
  • Estudos mostraram bons resultados com 12 semanas de intervalo entre a primeira e a segunda dose. Com isso, o Brasil adotou o período maior. Recentemente, alguns Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, reduziram o tempo para 10 semanas devido ao avanço da variante Delta no país.

Contraindicações

  • Em caso de alergia a um dos componentes da vacina.

Efeitos adversos

  • Em bula, o destaque é para dores e inchaço locais e dor muscular, no entanto, a Food and Drug Administration (FDA, órgão regulatório norte-americano) relatou a ocorrência de casos de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e de pericardite (inflamação do tecido que envolve o coração) após a vacinação com imunizantes de plataforma de RNA mensageiro.
  • A Anvisa está atenta e informa que não tem nenhum registro nesse sentido no Brasil e destaca que os benefícios da vacina superam os riscos.

Estudos/ alertas

  • Nesta semana, os órgãos reguladores norte-americanos refutaram a ideia de uma terceira dose do imunizante que, conforme executivos do laboratório, conferiria uma proteção extra passados seis meses da vacinação. Conforme a própria companhia, dados fornecidos pelo governo de Israel mostraram que a eficácia caiu dos mais de 90% para cerca de 64% em razão da variante Delta.
  • No Brasil, a administração de uma terceira dose teve estudo autorizado pela Anvisa em 18 de junho.
  • Outro estudo, recentemente divulgado, diz respeito à proteção dos grupos de risco. Feito no Reino Unido com mais de um milhão de pessoas, o estudo mostrou que uma dose do imunizante oferece proteção de cerca de 60%. Com o esquema completo, esse percentual chega a 93%.

Fonte: GZH

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