Polícia Civil prende 23 pessoas em operação deflagrada em quatro estados

O objetivo da ofensiva é prender integrantes de associação criminosa destinada aos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e comércio irregular de munições e armas.

Nesta quarta-feira (10/04), a Polícia Civil, através da 2ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (2° DIN/Denarc), coordenada pelo Delegado Rafael Delvalhas Liedtke, com suporte do projeto I.M.P.U.L.S.E. da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, bem como apoio das Polícias Civis dos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, deflagram a Operação Squadrone.
O objetivo da ofensiva é prender integrantes de associação criminosa destinada aos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e comércio irregular de munições e armas.
Até o momento, 23 investigados foram presos. Foram apreendidos dinheiro em espécie, telefones celulares e porções de drogas.
Mais de 100 policiais do Rio Grande do Sul participam da ação, em conjunto com aproximadamente 90 policiais civis de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Foram cumpridos 31 mandados de prisão, 40 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias em 21 municípios.
As ações ocorreram nos municípios de Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Já em Santa Catarina, as ordens judiciais foram cumpridas em Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão. No Paraná, foram cumpridas medidas cautelares em Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu. Por fim, em São Paulo, as ações se deram nos municípios de Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba.
As investigações iniciaram-se há mais de quinze meses, oportunidade em que um casal foi flagrado comercializando porções de crack no Bairro Intercap, em Porto Alegre. O homem possuía antecedentes policiais no estado de Santa Catarina e a mulher, paranaense, era menor de idade.
A partir desta prisão, a investigação apurou a existência de uma associação criminosa, muito estruturada, especializada nos crimes de tráfico de drogas, posse, porte e comércio ilegal de munições e armas de fogo de uso restrito, envolvendo lideranças de dois grupos criminosos atuantes nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Apurou-se que um dos indivíduos, alvo da operação, era responsável pela conexão entre os grupos criminosos, que realizavam vultosas negociações de entorpecentes, principalmente cocaína e crack.
Conforme a investigação, em um intervalo de 15 dias, os investigados movimentaram mais de R$ 5 milhões com a venda de cocaína e crack intermediada pelos grupos criminosos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O dinheiro recebido era destinado para contas de empresas de fachada para os estados do Paraná e São Paulo, além de uma casa de câmbio no estado de SC, alvo de execução de mandado de busca e apreensão nesta manhã.
Um dos principais alvos da ofensiva policial deflagrada hoje, um indivíduo português naturalizado brasileiro, seria responsável pela comercialização de drogas em um perfil nas redes sociais, e com os lucros obtidos, sustentaria uma vida de luxo.
O Diretor de Investigações do Denarc, Delegado Alencar Carraro, acrescenta que o departamento desenvolve continuamente investigações envolvendo as principais organizações criminosas que atuam no RS e que são responsáveis pela prática de crimes graves, como os homicídios. “A sociedade gaúcha pode ter a certeza de que os criminosos que se dizem organizados serão combatidos arduamente, sendo empregados todos os recursos disponíveis”.
O Delegado Carlos Wendt, Diretor do Denarc, destaca a integração entre a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo e do Paraná, e, principalmente, o apoio logístico fornecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da DIOPI, possibilitando a realização dos relevantes trabalhos em nível nacional.

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