Marketplace: se reinventar para se adaptar

Com o passar dos anos, o uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais necessário, sejam em aparelhos de uso doméstico, seja em um atendimento médico, ou para atendimento em um banco. A tecnologia nos cerca e se faz cada vez mais parte da nossa rotina. A juventude, por sua vez, adapta-se com a mesma rapidez que um novo sistema operacional é lançado, e aqueles que fazem parte da melhor idade tem buscado aprender a lidar e a se integrar a esse novo universo.

Com essas constantes evoluções, o fazer comércio também não é mais o mesmo. Hoje, para alavancar as vendas, ou até mesmo, para manter-se equilibrado em tempos como este de pandemia o qual estamos vivendo, os lojistas tem buscado se reinventar e se aventurar a vender na internet, seja usando redes sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp, seja em plataformas de marketplace.

Na última semana, a ACIV – Associação Comercial Cultural e Industrial de Veranópolis, fez o lançamento de sua plataforma para vendas na internet, beneficiando não somente os veranenses, mas também lojistas da região. Uma das comerciantes que aderiu à ideia da associação foi dona Renilde Teresinha Capitani Lancini, 70, proprietária da Malharia Lancini, localizada no centro de Veranópolis.

Dona Renilde conta que iniciou o seu negócio próprio em meados de 1977, quando comprou sua primeira máquina de costura, na época com funcionamento totalmente manual. Aos poucos, ela começou a adquirir uma por vez, à medida que o negócio foi aumentando, assim como a sua demanda de produtos.

“Naquele tempo era tudo manual, e agora já utilizamos as máquinas eletrônicas e por conta disso nossa produção está maior. Hoje trabalhamos em três pessoas, eu, meu filho Daniel que é quem produz as peças e mais uma funcionária que me ajuda aqui na loja” conta dona Renilde.

Quando iniciou, a malharia se localizava onde hoje funciona o Supermercado Santa Clara, depois mudou-se para próximo do Arco Sul e há aproximadamente 30 anos ela trabalha no endereço atual.

A lojista revela que o impacto da quarentena do novo coronavírus foi muito grande em seus negócios, pois segundo ela, eles haviam se preparado para vender muitas peças para o inverno, o que acabou por não acontecer devido ao longo período em que o comércio teve que se manter de portas fechadas.

“Foi muito forte. Vendemos pouco, tinha dia que podia abrir, você trabalhava uma semana e começava a vender, logo tinha que fechar de novo, foi muito complicado”, lamenta.

Dona Renilde revela que sempre teve interesse em expandir os seus negócios, aderindo ao uso da internet. “Faz tempo que eu queria, mas nunca tinha conseguido. Agora que surgiu essa oportunidade pela ACIV quero ver se vai dar certo. Colocamos algumas peças à disposição lá no site, mas minha intenção é de colocar cada vez mais produtos. Eu acredito que essa ferramenta vai ajudar muito. Quando lançaram o programa, eu falei que queria entrar porque acho que é uma coisa boa”, diz.
O desafio agora para dona Renilde é lidar com a tecnologia, ela conta que, apesar das dificuldades que a idade a impõem, ela consegue se virar sozinha em algumas das funções.

“Nessa idade não é fácil, mas vamos lá, vamos prender a fazer tudo. Quando chegaram as maquininhas para passar cartão eu não sabia usar, mas logo aprendi a fazer venda no cartão. Depois, veio a emissão de nota fiscal eletrônica, e imagina, até então eu nunca tinha mexido em um computador, aprendi também. Agora é aprender a vender no ‘face’ e nessa plataforma. Eu acredito que vai dar certo e eu vou sim conseguir”, finaliza.

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