O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou queda de 0,37% em setembro, após ter recuado 0,73% em agosto, informou na manhã desta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o dado prévio anunciado hoje, o indicador econômico acumulou um aumento de 4,53% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 7,96%.
Apesar da deflação no índice geral, os preços de somente três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados recuaram em setembro. A maior influência veio dos Transportes (-2,35%), com impacto de -0,49 ponto percentual (p.p.) no mês. Além disso, houve recuo nos preços de Comunicação (-2,74%) e Alimentação e bebidas (-0,47%), com impactos de -0,14 p.p. e -0,10 p.p., respectivamente.
No lado das altas, a maior variação veio de Vestuário (1,66%), que acelerou em relação a agosto (0,76%). Destaca-se, ainda, o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,94%), que teve a segunda maior variação e o maior impacto positivo (0,12 p.p.) no índice de setembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de Educação e o 0,83% de Despesas pessoais.
A queda nos Transportes deve-se ao recuo nos combustíveis (-9,47%). Etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) tiveram seus preços reduzidos. A gasolina teve o impacto negativo mais intenso (-0,52 p.p.) entre os 367 subitens pesquisados. Cabe ressaltar que houve redução no preço da gasolina vendida para as distribuidoras em R$ 0,18 por litro, em 16 de agosto, e R$ 0,25 por litro, em 2 de setembro.
Ainda em Transportes, houve queda também em ônibus urbano (-0,08%), devido à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-0,82%), desde 11 de setembro. Entre as altas, destacam-se as passagens aéreas (8,20%), que voltaram a subir após caírem 12,22% em agosto. Seguem em alta, ainda, subitens importantes como seguro voluntário de veículo (1,74%), emplacamento e licença (1,71%) e conserto de automóvel (0,62%).
A queda mais intensa do IPCA-15 do mês veio do grupo Comunicação (-2,74%), influenciado pela redução nos planos de telefonia fixa (-6,58%) e de telefonia móvel (-1,36%) e também pelos pacotes de acesso à internet (-10,57%) e os combos de telefonia, internet e tv por assinatura (-2,72%). Além disso, houve queda nos preços dos aparelhos telefônicos (-0,99%). A Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Outro grupo com queda em setembro foi Alimentação e bebidas (-0,47%), puxado por alimentação no domicílio (-0,86%). Contribuíram para isso o óleo de soja (-6,50%), o tomate (-8,04%) e, principalmente, o leite longa vida (-12,01%). Apesar da queda em setembro, os preços do leite ainda acumulam alta de 58,19% no ano. As maiores contribuições positivas entre os alimentos para consumo no domicílio vieram da cebola (11,39%), do frango em pedaços (1,64%) e das frutas (1,33%).
Fonte:Correio do Povo