Memórias

Um dia vou escrever um livro de memórias – não da minha vida pessoal, simples e corriqueira, embora especial para quem me conhece bem. Seria sobre o tempo em que vivi. Sobre coisas que vi acontecer no mundo, as transformações. Eu diria, por exemplo, de avanços tecnológicos: telefonia celular, aparelhos de TV com imagens nítidas e sons claros. Abordaria sobre voar, alcançar o espaço, navegar e combater inimigos invisíveis.

Porém teria mais prazer em contar dos relacionamentos: das pessoas que dizem aos amigos “eu te amo” sem más interpretações ou estranheza; daquelas que amam seres humanos, em todas as suas diferenças e que se juntam porque são iguais na espécie e na matéria; das que enxergam a vida como unidade, amam animais e toda a natureza e, por isso, a defendem e a preservam.

Que o amor existe mais aberto, mais explícito, mas precisa ser mais humanitário. Destacaria as evoluções, estagnações e involuções ideológicas e que seguimos aprendendo. E tentaria, com emoção, deixar tudo de fácil entendimento, que despertasse a poesia e sentimentos de alegria por viver. Faria claro que é possível superar qualquer bom filme de ficção, com enorme fé na inteligência humana.

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