A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente realizou nesta segunda e terça-feira, 20 e 21 de maio, o transporte de dois animais silvestres, até o Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres: Preservas, do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS. O trabalho foi feito através do Departamento de Fauna da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA.
Um dos animais, um veado, sofreu atropelamento na noite de sábado e foi socorrido voluntariamente pelo médico veterinário Samuel Atolini e pelo Sr. André Dall Agnol que se encontrava no local. O animal ficou acomodado em uma das residências, sob supervisão do médico veterinário até seu transporte, na segunda-feira. Na terça-feira transportou-se uma coruja, com suspeita de fratura na asa, a qual ficou sob os cuidados do biólogo Mateus Giotto.
Este trabalho foi possível devido ao empenho e colaboração de diversas pessoas. Primeiramente, sempre essencial e decisiva, a atuação dos médicos veterinários e biólogos. Estes profissionais realizam o resgate e acolhimento, além de ministrar os cuidados aos animais, até seu transporte.
Tão importante quanto, é o trabalho do Preservas da UFRGS e seus profissionais, que recebem os animais, auxiliando no seu tratamento e reabilitação. Já o Departamento de Fauna da Secretaria Estadual do Meio Ambiente verifica as condições e autoriza o transporte e encaminhamento para o centro especializado, que receberá o animal.
A Prefeitura Municipal de Veranópolis agradece a todos os profissionais que não medem esforços em prol da fauna e que, constantemente, realizam resgates de animais silvestres machucados. Ressalta-se que a prefeitura não realiza o resgate, mas auxilia no encaminhamento para centros especializados.
Dicas do que fazer ao encontrar um animal silvestre
Um animal silvestre precisa de assistência se:
• Estiver parado e não responder a movimento ou estímulos externos;
• Estiver sangrando ou machucado;
• Um animal adulto puder ser capturado facilmente;
• Tiver dificuldade respiratória ou apresentar convulsões;
• Estiver desidratado ou emaciado (olhos fundos, pelagem sem brilho);
No caso de filhotes órfãos
A coisa mais importante a fazer caso encontre um filhote é ter certeza que ele é órfão. Muitas vezes, pessoas com boas intenções retiram filhotes saudáveis de seus pais por não entenderem seus hábitos. Isso é muito comum com aves que estão aprendendo a voar. Elas geralmente passam alguns dias no chão enquanto aprendem a voar, e durante esse período ainda estão sendo alimentados por seus pais.
Mamíferos podem parecer perdidos e sozinhos enquanto exploram ou aguardam o retorno de seus pais que foram buscar comida. Sempre monitore a situação antes de tomar uma atitude.
Se um filhote estiver realmente órfão (os pais estão mortos ou sumiram após um longo período de observação) ou se estiver machucado, ele precisa de atenção e cuidados especiais. Ligue para a Polícia Ambiental ou para o Departamento de Fauna da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA o mais breve possível.
Se você achar um animal machucado ou um filhote sem os pais:
• Não é recomendado que o público em geral manuseie animais selvagens a não ser que o animal não represente um risco para sua segurança, estiver em estado crítico e precise de ajuda imediata. Procure sempre informar-se com profissional capacitado, com a Polícia Ambiental ou com o Departamento de Fauna da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA.
• NUNCA acaricie ou brinque com um animal selvagem, isso só causa estresse e aumenta o risco de choque. Pessoas e outros animais devem manter uma distância segura do animal. O contato com humanos também diminui as chances de reabilitação e soltura.
• Antes de oferecer comida ou água ao animal procure orientação de profissional especializado. O fornecimento de alimentação e água de forma inadequada podem ser fatais. Assim como humanos, animais hospitalizados precisam ser hidratados gradualmente e alimentados com fórmulas e técnicas específicas para sua espécie.
• Nunca tente tratar um animal machucado. Deixar o animal quieto é o melhor tratamento possível até que ele possa ser transportado para a Polícia Ambiental ou local adequado para receber tratamento especializado.
• Não tente reabilitar um animal selvagem por conta própria. Cada animal requer dieta e tratamento especializados. Mesmo que o animal pareça estar bem, os efeitos de um tratamento incorreto podem levar meses para aparecer e então será tarde demais para sua recuperação.
Busque sempre orientação e atendimento de um médico veterinário.
Fonte: http://www.r3animal.org/animais-silvestres