Secretário aponta a valorização da economia local como caminho para enfrentamento da crise

Quanto ao cenário econômico do município de Veranópolis, o secretário de Finanças, Ricardo Ledur Gottardo, afirma que o distanciamento social interfere diretamente nos hábitos das pessoas em todas as dimensões. 

“Por isso, apesar de ter uma estrutura sólida local, não somos ilha. E sim, a comunidade está enfrentando severas dificuldades com diferentes proporções em cada segmento”

De acordo com o boletim de desempenho publicado pela Receita Estadual, entre setores mais afetados está o comércio varejista de roupas, um setor ativo do município. Além disso, o segmento industrial, que em valores movimentados é o principal em termos locais, vem sofrendo consequência da retração macroeconômica. “Em termos simplificados pode-se dizer que não adianta produzir se a loja não vende”, explica.

No momento, o diferencial, para o poder público, segundo Ricardo, é buscar interferir o mínimo no setor privado, pois ele tem ‘expertise’ em suas ações e tem se adequado às condições. O secretário frisa que o município não possui mecanismos de estímulo de crédito ou poder de decisão sobre Leis Trabalhistas, estas, que para Ricardo mereceriam cuidado especial. “Flexibilidade para a gestão é necessária neste momento por dois motivos: manutenção das atividades e, por consequência, preservação dos empregos. Neste sentido, espero que a União e o Congresso sejam mais ágeis na adoção de medidas práticas e eficazes”, destaca. 

Portanto, conforme o secretário, o papel do município fica apoiado em três colunas. “Primeiramente, manter as políticas públicas de estímulo a quem quer empreender tanto no setor primário, quanto demais segmentos econômicos.  Em segundo lugar, insistir na valorização da economia local. E, de forma complementar, elaborar um plano de retomada do comércio, em parceria com a Secretaria de Turismo e Cultura, ACIV e outras entidades, para, imediatamente após a retomada da vida normal e fim das restrições, desenvolvermos eventos e atividades que repercutam positivamente na economia local”. 

Para o secretário, após a recuperação, a superação será alcançada. “A pandemia vai passar e vai deixar marcas, e a profundidade das marcas, em parte, será consequência no nível de conscientização das pessoas. Contudo, os exemplos históricos demonstram que após eventos traumáticos, os povos mais disciplinados e trabalhadores tendem a ter crescimento expressivo no pós crise”.

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