Saiba como Cotiporã permanece sem casos confirmados de Covid-19

A generosidade e preocupação com o próximo são observadas em Cotiporã, segundo o prefeito José Carlos Breda. Empresas e entidades do município estão doando EPIs e valores em dinheiro, auxiliando a área da saúde. Além disso, foram entregues cestas básicas para 30 famílias pela Secretaria de Educação e Desporto. 

Breda destaca, que num primeiro momento, a população ficou surpresa com as determinações, principalmente por causa dos encontros tradicionais, que fazem muita falta para os moradores. Entretanto, entendem que o objetivo é garantir a saúde. O prefeito afirma que no início do isolamento, foram enfrentadas algumas dificuldades pontuais em relação aos bares. 

O município, que possui 3.853 habitantes teve oito casos descartados de coronavírus por testes rápidos e outros seis pelo Laboratório Lacen e alguns pacientes foram encaminhados ao isolamento domiciliar. Segundo Breda, a Secretaria da Saúde se adequou às normas recomendadas pelas autoridades estaduais e federais de saúde, sendo assim, foi redobrada a atenção e o monitoramento dos possíveis focos de contaminação e houve o aumento no número de profissionais disponíveis para atendimento na UBS. 

Impactos econômicos 
Os impactos econômicos, sem dúvidas, atingirão os municípios, Breda destaca que no momento é difícil mensurar, mas que será muito significativo. “A indústria e comércio, num primeiro momento, sofrerão uma redução de aproximadamente 30%. As finanças municipais também serão afetadas na mesma proporção, sendo estimada uma perda inicial de mais de 2 milhões de reais”. Das atividades econômicas do município, a mais afetada foi a área do turismo e produção de joias, alcançando também as esquadrias. As áreas com menor impacto foram os frigoríficos, agroindústria e agricultura, por serem atividades essenciais. 

A lojista Helena Trevisan, proprietária da Bella Persona, que vende roupas e artefatos, cama, mesa e banho, afirma que ficou muitos dias com a loja fechada. “É um prejuízo total! Reabri a loja, e está voltando devagar, mas não é fácil”. A loja que fica no centro de Cotiporã há 15 anos também oferece serviços de costura e venda de uniformes escolares. Para Helena, os primeiros dias do isolamento foram de desespero, depois de um tempo, ela pode voltar com a costura, produzindo máscaras, mas com a porta fechada. “Estamos tocando a vida do jeito que dá, não sabemos o que dizer, o que fazer. Temos que esperar que o melhor aconteça, que tudo volte ao normal logo”, coloca. 

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