Voluntários fabricam máscaras de proteção para profissionais da saúde de Veranópolis e região

O Brasil e o mundo vivem um momento complicado devido ao enfrentamento do coronavírus. E  neste momento, a solidariedade é essencial. Em Veranópolis, três profissionais uniram-se na fabricação de protetores faciais para os profissionais da  área da saúde,que estão na linha de frente, lutando contra o Covid-19. Chamadas como “Face Shields”, as máscaras protegem o rosto inteiro e estão sendo produzidas em diversos países, devido a falta do equipamento no mercado.

Fabiane Grandi, proprietária da  Procut Design, empresa de cortes a laser e impressão 3D, tomou conhecimento da produção dessas máscaras a partir de reportagem veiculada no Jornal Nacional no dia 23 de março. “Na mesma noite, encontrei informações e me organizei para começar a produzir”, conta. Ela levou a impressora para a sua casa e iniciou a fabricação. 

O modelo utilizado na impressão foi desenvolvido e disponibilizado gratuitamente pela Prusa Research 3D Printers, empresa de Praga, República Tcheca. No Brasil, ele foi testado no Hospital da Universidade Federal no Rio de Janeiro (UFRJ), além de ter sido amplamente testado na Bahia e estar sendo desenvolvido em diversos estados e municípios. As máscaras são reutilizáveis e devem ser lavadas com água e sabão e depois, deixadas por 15 minutos em solução de hipoclorito. 

 

Profissionais usando os protetores faciais
Protetores faciais são chamados de “face shields”.

 

União e solidariedade

Não demorou muito para que a corrente de solidariedade aumentasse. Uniram-se a ela na produção, cada um de sua casa, o professor de Física da Escola AVAEC, Jony Piovesan, e   William Sigonini, da Device Filmes. Hoje são quatro impressoras trabalhando intensamente, pois o professor Jony, além da impressora da escola, conseguiu a doação de outra impressora para ser usada na produção. 

Juntos, eles conseguem produzir em torno de 50 protetores por dia graças a configurações que permitiram a produção de mais máscaras em menos tempo. “Foi colocado um bico maior, para ter mais fluxo de material sendo injetado, fazendo camadas maiores e consequentemente mais fortes. Com isso conseguimos reduzir o tempo de 8h para 2h15min”, explicam. 

Fabiane destaca que desde o início foram produzidas cerca de 270 máscaras. Todas foram doadas, várias para a Secretaria da  Saúde de Veranópolis que está destinado ao Hospital Comunitário São Peregrino Lazziozi e às Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Outras, para Cotiporã, para o Hospital São João Batista de Nova Prata, para Porto Alegre, Capão da Canoa. “Enquanto tivermos ajuda, iremos produzir gratuitamente”, garante Fabiane. 

 

Enfermeiras usando protetores faciais
Servidores da saúde de Veranópolis utilizando as máscaras doadas

 

A comunidade pode auxiliar

Eles já contaram com o auxílio de empresas como a Gráfica Reúna, Sicredi, Comunica Soluções Visuais, Secretaria da Saúde de Veranópolis, doações anônimas, de amigos e familiares e de consultórios odontológicos. Quem deseja fazer doações pode entrar em contato por meio do e-mail  [email protected], ou pelas redes sociais. “Qualquer valor será bem vindo, para a aquisição dos materiais utilizados, que são: plástico de acetato (para o visor frontal) e filamento PLA (plástico utilizado na impressão da parte que fica presa na cabeça). O custo de cada equipamento tem valor aproximado de R$ 9. Entretanto, o grupo precisa de doações para seguir com esta corrente do bem.

A Secretaria de Saúde de Veranópolis solicitou 350 máscaras, assim, todos os profissionais da rede estariam equipados. Se eles conseguirem abastecê-los, irão começar disponibilizar para demais profissionais, assim, colaborando com a diminuição do contágio. 

Veja também: 
VÍDEO || Voluntários fabricam máscaras de proteção em Veranópolis

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