Leitos de UTIs atingem 82% de ocupação e Serra Gaúcha poderá ter bandeira vermelha na próxima semana

O Modelo de Distanciamento Controlado do Rio Grande do Sul foi construído com base em critérios de saúde e de atividade econômica. Com isso, criou-se um sistema de bandeiras, com protocolos obrigatórios e critérios específicos a serem seguidos pelos diferentes setores econômicos.

O Modelo dividiu o Estado em 20 regiões, que são analisadas considerando a velocidade de propagação da Covid-19 e a capacidade de atendimento do sistema de saúde. No total, 11 indicadores (como número de novos casos, óbitos e leitos de UTI disponíveis, dentre outros) determinam a classificação das bandeiras da região.

Conforme o grau de risco em saúde, cada região recebe uma bandeira nas cores amarela, laranja, vermelha ou preta. O monitoramento é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da segunda-feira seguinte

De acordo com a última atualização, a Serra Gaúcha está enquadrada na bandeira laranja, que representa um risco médio de indicadores. Contudo, a preocupação vem aumentando ao longo dessa semana, uma vez que a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva da região extrapolaram os 80% da capacidade. Com isso, a região seria enquadrada na bandeira vermelha, representando um risco alto no Modelo de Distanciamento Controlado.

O diretor do Hospital Beneficente São Pedro de Garibaldi, Jaime Kurmann, afirma que a Serra Gaúcha está com mais de 82% dos leitos ocupados e a situação é preocupante: “Já estamos na quarta, amanhã é feriado, e a questão das bandeiras é sempre divulgado no sábado. Acima de 80%, o critério é de bandeira vermelha, um ponto que pesa muito e preocupa a região.” Jaime conclui afirmando que a instituição está fazendo sua parte e que os profissionais da saúde seguem monitorando a situação das UTIs da região, com a esperança dos índices melhorarem.

Caso a região da Serra Gaúcha evolua para a bandeira vermelha, haverá maior restrição nas políticas de isolamento social. O comércio varejista não essencial, por exemplo, deverá ser fechado. Se houver mudança na cor da bandeira, cabe aos Decretos Municipais, seguindo as orientações estaduais, normatizar os setores econômicos que poderão funcionar.

 

Fonte: Portal Leouve

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