Polícia Federal diz que facção da Serra Gaúcha movimentou mais de R$ 25 milhões

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10) está ocorrendo no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rondônia a Operação Teiniaguá. A Polícia Federal trabalha na desarticulação de uma organização criminosa responsável pelo tráfico internacional de drogas e armas que os fornece para uma facção instalada na Serra Gaúcha e Porto Alegre.

O chefe da Delegacia da Polícia Federal de Caxias, Claudino Alves de Oliveira, conta que objetivo desta primeira fase era congelar as contas e descapitalizar o patrimônio, identificando os líderes. Ao todo segundo Oliveira, já foram localizados os seis comandantes desta organização, que não teve o nome divulgado pela PF, em sua maioria já estavam presos. Um indivíduo estava na penitenciaria de Bento Gonçalves, outros dois no Apanhador em Caxias do Sul, mais dois na penitenciaria de Charqueadas. Já o sexto líder foi preso em Lajeado. Ele já havia ficado preso 11 anos e estava a dez dias em liberdade naquele município. Todos os líderes são naturais da Serra Gaúcha, mas já haviam sido transferidos para estas penitenciarias do estado.

De acordo com o delegado Noerci da Silva Melo, o tráfico de drogas na região evoluiu muito e atualmente é coordenado pelas facções. Uma organização deseja ter mais poder do que a outra, por isso gera confrontos. Nesta ação são cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão. Além de sequestro de veículos e imóveis de propriedade dos investigados e bloqueadas mais de 57 contas bancárias de pessoas físicas e empresas, utilizadas para movimentar dinheiro de origem ilícita, que terão valores contabilizados após o cumprimento das medidas judiciais.

Em seis meses de investigação, a Polícia Federal apurou que o grupo internalizou, nesse período, mais de uma tonelada e meia de cocaína e enviou de forma ilegal para o exterior cerca de 25 milhões de reais destinados ao pagamento a narcotraficantes no Paraguai. Parte considerável desses carregamentos de entorpecentes eram habitualmente destinados a Serra Gaúcha.

As lideranças eram da Serra Gaúcha mas havia membros desta organização criminoso em todo o Estado. As investigações segundo os delegados vão continuar, pois cada um dos líderes tinham diversos endereços, os quais estão sendo vistoriados. Por conta disso, ainda não se é possível precisar do quanto já foi apreendido nesta operação.

A Polícia Federal fará posteriormente a divulgação do balanço da Operação Teiniaguá.

Fonte: Leouve

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