Agricultura familiar é incentivada em Vila Flores

Os agricultores familiares produzem 80% dos alimentos do mundo e são importantes impulsionadores do desenvolvimento sustentável, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). O dado foi divulgado este ano na Assembleia Geral da ONU. Levantamento feito pelo portal Governo do Brasil, em 2018, mostra que a agricultura familiar tem um peso importante para a economia brasileira. Com um faturamento anual de US$ 55,2 bilhões, caso o País tivesse só a produção familiar, ainda assim estaria no top 10 do agronegócio mundial, entre os maiores produtores de alimentos.

O produtor rural João Carlos Bristot contribui com os números crescentes da agricultura familiar. Em cerca de um hectare de terra, dividido em três áreas, ele produz hortaliças sem uso de agrotóxicos. A propriedade está localizada às margens da BR 470, na Comunidade Campinho, em Vila Flores. Entre as variedades cultivadas estão repolho, alface, cebola, brócolis, cenoura, beterraba e temperos. A propriedade recebeu a visita da secretária de Agricultura, Cleusa Curtarelli, na quinta-feira, dia 15 de agosto. Ela conversou com a família e parabenizou pelo empenho e dedicação nas atividades.

Bristot conta com uma ajuda especial nesta empreitada: o filho, Lucas Bristot, de 7 anos. Em meio aos canteiros, Lucas aponta orgulhoso para os pés de repolho e exclama: “eu que ajudei a plantar”! Em seguida, tira um pedaço da folha de um repolho e segue comendo pelo caminho. O pai explica que o cultivo sem o uso de defensivo agrícola exige mais cuidado. “Às vezes as verduras não ficam tão grandes, se desenvolvem um pouco mais devagar, mas compensa por serem totalmente naturais e poderem ser comidas direto do pé”, destaca. A mãe, Rosimeri Bristot, conta que o garoto gosta muito das atividades rurais.

No segundo sábado de cada mês o município, através da Secretaria da Agricultura e da Emater, realiza a Feira da Agricultura Familiar, Agroindústria e Artesanato de Vila Flores. A ação reúne itens produzidos em Vila Flores, como frutas da época e verduras, queijos, embutidos, pães, bolachas, cucas, docinhos, mel, ovos coloniais, mandolate, sucos, entre outros, além de diversos tipos de artesanatos locais. Lucas acompanha o pai em todas as edições.

Conforme Rosimeri, no dia da feira é só chamar uma vez e o menino levanta animado, sem se importar se é cedo ou está frio. A atividade ocorre ao lado do Salão Paroquial, no centro da cidade. Lucas ajuda na organização da banca, vende e embala os produtos para os clientes. Os pais incentivam o aprendizado da rotina no meio agrícola e acreditam na importância da sucessão rural, porém sem pressionar as escolhas do filho. “Mostramos como é o serviço e as possibilidades, mas a escolha do que vai seguir na vida é dele”, ressalta a mãe.

Além de comercializar na feira, a família também abastece as escolas do município. Seus produtos estão inclusos na merenda escolar, segundo o cardápio estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Vila Flores. Tais possibilidades são incentivos utilizados pelo município para o fomento da agricultura familiar.

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