Manifestação pede melhorias na RS-122, entre Antônio Prado e Campestre da Serra
As más condições da RS-122, entre Antônio Prado e Campestre da Serra, motivaram um protesto na manhã desta quinta-feira (26), às margens da rodovia. Os manifestantes se concentram desde às 8h no entorno do km 160, em frente à Tenda do Beleza, no limite entre Ipê e Campestre da Serra. Por volta de 8h30min, eles bloquearam totalmente a pista. A intenção é intercalar momentos de bloqueio com períodos de liberação, de acordo com o fluxo. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) acompanha o protesto.
O ato foi proposto pelo presidente da Câmara de Vereadores de Vacaria, Aldo da Silva (PSDB) e teve adesão também dos Legislativos de Antônio Prado, Ipê e Campestre da Serra. Caminhoneiros e a comunidade que dependem da rodovia também participam do movimento. Segundo os organizadores, pouco depois das 8h30min havia entre 100 e 150 pessoas.
A manifestação foi organizada após um acidente na última sexta-feira (20) resultar na morte de Erzia de Lara Gaedke, 63 anos, e Pietra Cristini Pereira, sete. A avó e a neta estavam em um Línea, com placas de Friburgo (SC), com outras três pessoas, quando o veículo se chocou com um Clio com placas de São Leopoldo. A Polícia Civil investiga se a colisão ocorreu enquanto um dos veículos tentava desviar de buracos.
Inclusive, um levantamento da própria Polícia Civil aponta que 33 pessoas perderam a vida no trecho de 40 quilômetros desde 2015. O estudo foi entregue à direção do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) há cerca de duas semanas pelo prefeito de Ipê, Cassiano Caon (MDB).
— A situação crítica mesmo está daqui (Ipê) até a BR-116. Fui, na semana passada, a Vacaria e não dá para andar. Segunda-feira (23) começou um tapa-buraco, mas não resolve nada. Enquanto não fizerem uma recuperação geral dessa estrada, não vamos resolver o problema. É difícil passar uma semana sem que tenha acidente sem vítima. Você vai desviar de um buraco e cai em outro — reclama o presidente da Câmara de Ipê, Valter Luiz Parizotto (Progressistas).
Já o presidente do Legislativo de Antônio Prado destaca também as más condições de um trecho administrado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). São cinco quilômetros de pista irregular e com buracos e também na chegada ao município para quem se desloca a partir de Flores da Cunha.
— Passei hoje (quarta-feira, 25) e tem buraco. Em direção a Vacaria, nem se fala. Não temos conservação, seja por parte da EGR, seja por parte do Daer — afirma Neudi Balancelli (MDB).
O Daer disse que conta com recursos de custeio para realizar intervenções pontuais no trecho entre Antônio Prado e Campestre da Serra, de acordo com as prioridades que surgem.
Fonte: Jornal Pioneiro