Especial Dia das Mães: a tecnologia aproxima

Os irmãos Clarisse Guadagnin Zanchettin e Tiago Guadagnin, naturais de Vila Flores, sentem muitas saudades, por morarem longe dos pais, que residem na Linha Aimoré.  Clarisse tem 50 anos, é analista fiscal e vive em Caxias do Sul há mais de 30 anos. Já Tiago, tem 34 anos é  bancário e reside em Porto Alegre há 7 anos. Eles visitavam os pais a cada 20-30 dias, entretanto, devido ao coronavírus, Clarisse conta que está sem ver os pais pessoalmente desde o dia 23 de fevereiro. As irmãs Elizete e Luciane, que moram em Nova Prata, conseguem passar um tempo com os pais, para que não se sintam totalmente isolados, além de auxiliá-los com as compras e demais afazeres. 

Apesar da tecnologia possibilitar o contato, a saudades é imensa.

“Sentimos saudades deles pessoalmente, e muita. Mas ameniza um pouco com a tecnologia, de nos vermos por chamadas de vídeo a cada dois-três dias”, destacam Clarisse e Tiago. 

A mãe, Antonia Gratieri Guadagnin, 73 anos, do lar/ aposentada, destaca que apesar da distância física, os filhos continuam por perto.

“A gente se enxerga pelo ‘zap’, falamos, matamos a saudades assim. Essa semana eu e meu marido, Josino, completamos 52 anos de casados, os filhos me mandaram mensagens de parabéns, muitas coisas. Os filhos não estão longe de nós, estamos muito bem com eles. Adoramos eles”.

Faz dois anos que Antonia aliou-se às tecnologias, “eu não sei escrever muito, mas daí mando áudios”, explica. 

Uma das filhas em chamada de vídeo com a mãe, Antonia.
(Foto: Josiane Vargas)

 

Com certeza, o desejo é que o Dia das Mães tivesse sido como nos outros anos, todos reunidos, porém, como diz Antonia: “Se não pode, vamos fazer o que. Antes que aconteça alguma coisa, é melhor assim, não se encontrar”.

Os filhos Clarisse e Tiago entendem que o momento é de expressar o amor, evitando as visitas, pois eles pertencem ao grupo de risco devido à idade. E além da saudades do filhos, tem a saudades do neto, Pedro de sete meses, filho do Tiago. “Não estamos indo visitar e nem dar um abraço nela por causa do vírus, mas com certeza, depois que isso tudo passar, vamos compensar esse intervalo”, garantem. 

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