Especial Dia das Mães: O abraço será virtual

O costume de ver os pais uma ou duas vezes por mês, precisou ser suspenso por um tempo. A Turismóloga Gisele Martins, 38 anos, que mora em Veranópolis, não visita a família em Porto Alegre há algum tempo. A última vez que se encontrou pessoalmente com a mãe, foi no início de março.

“Estávamos nos programando para ir para Porto Alegre no final de semana do dia 27 de março, aniversário de 15 anos da minha sobrinha, mas, não podemos fazer a comemoração”, afirma. 

Assim como a mãe, Marilene Martins da Cunha, 71 anos, técnica de enfermagem aposentada, o irmão Márcio reside em Porto Alegre, já o irmão Luciano, em Canoas. Eles têm ido uma vez por semana na casa dos pais, ver como eles estão. “Se falam no portão, deixam compras, enfim. Não estão entrando, por que meus pais, mesmo que não tenham problemas de saúde, já são idosos”. 

Gisele não se lembra de não ter passado um Dia das Mães sem a mãe, porque a sua sogra também mora em Porto Alegre, então, ela e o marido sempre vão visitá-las e passar a importante data com suas mães.

“É bem estranho, parece que não vai ter o Dia das Mães, essa é a sensação que eu tenho. É como se fosse um final de semana qualquer. É frustrante, porque a gente normalmente se vê uma ou duas vezes por mês e principalmente nestas datas especiais a gente sempre vai”, destaca.

Diferente dos outros anos, onde as três gerações se uniam, neste, serão duas, Gisele passará a importante data com a sua filha, Erika Luiza da Cunha Osório de 13 anos.

Marilene garante que neste ano está tudo diferente, a tradicional reunião familiar, não vai acontecer como nos outros anos.

“Os filhos vêm para cá, a gente faz um almoço para comemorar o dia das mães, apesar que o dia das mães é todos os dias, mas esse é um dia mais especial. Porém, devido à pandemia, nós estamos em isolamento, os filhos não vem e vai ser assim, um abraço virtual e depois a gente comemora”. 

O momento inspira cuidados, a saúde vem em primeiro lugar, para depois, retornarem os abraços e comemorações, salienta Marilene.

“O dia das mães é todos os dias, o amor materno é sempre. Nós temos que conviver com isso, que vai passar, e nós vamos nos reunir novamente. Eu amo muito meus filhos, minha filha, meus netos, que também não vão poder vir, mas vai passar”. 

Assim como a mãe, Gisele afirma que o motivo dessa pausa nos encontros é preservar os pais e a comunidade. Depois, quando tudo passar, ela garante que o primeiro lugar que irá, será para Porto Alegre visitar os pais e comemorar, com atraso, as datas especiais. 

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