Mulheres que Inspiram: Conheça a história da soldadora Solange; veja vídeo

Especial Dia Internacional da Mulher

Solange Pavan é natural de Santo Ângelo, mudou-se para Veranópolis em 2000 para trabalhar com mecatrônica em uma empresa de Vila Flores. Após alguns anos no ramo, mudou o foco do trabalho para a inspeção de solda e programação de Torno CNC.
Em 2008, Solange começou a trabalhar com solda, inicialmente utilizando estanho. De acordo com ela, foi paixão à primeira vista e ela passou a fazer cursos profissionalizantes e especializações em soldagem dentro do ramo metalúrgico. O trabalho com solda é considerado predominantemente masculino, apesar disso, Sol, como é conhecida não se intimidou e seguiu na carreira. Como única mulher no ramo dentro da empresa, ela descreve que já enfrentou muitas dificuldades e preconceitos. “O ramo da indústria de um modo geral é bastante masculino e acaba sendo mais fechado para as mulheres, mas no ramo da soldagem são pouquíssimas
que ocupam esses cargos”.
De acordo com ela, atualmente ela ainda enfrenta algumas negativas por trabalhar no ramo da indústria. Mesmo que a soldagem feminina é vista, em sua grande maioria, como um trabalho de alta qualidade, o preconceito dentro da profissão ainda existe, mas mesmo assim elas não deixam se intimidarem pois a soldagem é uma arte, e toda arte requer uma boa dose de perfeccionismo
para que seja possível desempenhar um bom papel dentro da empresa, e isto elas têm de sobra, além de foco na limpeza, na prática da segurança do trabalho e na preocupação, não apenas com a solda em si, mas com seu resultado final. “As pessoas acham que
mulheres não tem capacidade de trabalhar com solda por ser um trabalho pesado, mas apesar disso, é uma função que exige atenção e minúcia, especialmente pelos detalhes dos  trabalhos”, destaca.
Por um curto período de tempo, Sol tentou deixar a solda de lado e trabalhar como manicure, função que é considerada socialmente feminina, mas a mudança de carreira não durou muito tempo, pois sua paixão era a solda. “Essa paixão pelo ramo da indústria
me acompanha desde sempre, há alguns anos eu fui a única mulher a concluir um curso de mecatrônica, depois passei a trabalhar com programação de torno CNC e na sequência fui para a solda”, detalha.
Solange pretende seguir na carreira e deseja prestar concurso para uma vaga de soldadora em uma plataforma de petróleo da Petrobras. “Meu sonho é trabalhar embarcada”, revela.

Historicamente, mulher que ocupam cargos de liderança ou exercem funções consideradas masculinas, precisam reafirmar
seu valor e sua competência.

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