Um novo Lar, um recomeço, uma nova vida

A Casa Lar São Francisco atende hoje, em Veranópolis, 25 idosos. São muitas personalidades, histórias de vida, particularidades e gostos, que são observados pelos profissionais que realizam um trabalho muito importante. 
Recentemente, a direção do lar foi assumida por Marly Basso Zanini que, ao lado do presidente Antenor Esteves, está à frente da Casa, um ambiente muito importante e necessário para Veranópolis e região. 
A nova diretora afirma que o seu trabalho está sendo gratificante, pois é algo que vem do coração. “Amar os nossos idosos e cuidá-los é uma experiência maravilhosa. Todos eles têm uma história, temos muito que aprender com eles”, destaca. 
Uma característica muito forte dos profissionais com os idosos é o carinho que dedicam a eles, que se sentem amados. Ao questionar ao Seu Lauro se ele gostava de viver no lar, ele respondeu: “Gosto sim, até que tem pessoas que me amam, claro que gosto!”. 
O lar é dividido em área feminina e masculina; possui dez quartos, cada um deles tem espaço para três pessoas e banheiro próprio. Eles possuem refeitório, espaços de convivência, área externa, entre outros. Porém, a diretora Marly afirma que ainda é preciso melhorar para que eles se sintam cada vez mais em casa. Muitos são os projetos que existem, como a reforma do refeitório, que passa a ser um “restaurante”: com mesas redondas, flores, um espaço atrativo que proporcione uma experiência diferenciada em suas rotinas, como também a melhoria nos jardins para que sejam mais aconchegantes, principalmente no inverno. 
O espaço precisa de auxilio de voluntários e doações para que possa garantir maior bem-estar aos idosos. 
 

Comemoração mensal é sempre feita a partir de doações voluntárias da comunidade

O auxílio da comunidade é essencial 

A diretora destaca que a comunidade veranense é muito prestativa, começando pela prefeitura, que tem participado muito, além de diversas pessoas e empresas. “Se o lar é hoje o que é, é graças a todas essas pessoas que iniciaram esse trabalho”, afirma. A secretária Adriane Parise reafirma que a comunidade participa bastante, com inúmeras doações.  

Adriane Parise, Antenor Esteves e Marly Basso Zanini

As portas do Lar São Francisco estão sempre abertas para a comunidade. Marly destaca que além de doações de alimentos e materiais de limpeza, o que o lar precisa é que as pessoas dediquem um pouco de seu tempo aos idosos. “Conversar com eles, sentar ao seu lado, ouvir suas histórias… É isso que faz a diferença! E desse modo podemos proporcionar a eles, e para quem os visita, bem-estar, porque na medida que a gente dá, a gente recebe”, declara. 
 

Estrutura do lar Estrutura do lar 

São disponibilizadas vagas via assistência social, subsidiadas pela prefeitura, ou seja, gratuitas, e também, vagas particulares. O lar, hoje, tem estrutura e funcionários para entender 30 pessoas; atualmente, são atendidas 25. Então, estão abertas cinco vagas, sendo que duas são da ação social e três particulares. 

Segundo a Secretária, 12 vagas são subsidiadas pelo município. Elas passam por uma seleção via CRAS ou CREAS. Prioriza-se vagas para idosos que não têm familiares e para famílias que não conseguem garantir os cuidados aos seus idosos em casa.Em relação às vagas privadas, a triagem é feita de acordo com o grau da debilidade do idoso, do dependente até o independente. As vagas particulares são tratadas diretamente com a coordenação do lar, onde o idoso passa por uma avaliação, verificando qual a sua condição e necessidades, o que influenciará no valor da vaga. 

Um novo lar

O propósito da diretora é dar continuidade às ações do lar, novidades para que o ambiente se torne cada vez mais prazeroso para os idosos, trazendo uma segurança para os familiares, de que as pessoas que estão lá ganharam uma nova família. 
Adriana salienta que “a Casa Lar não deve mais ser tratada como um asilo, como se os idosos que ali estão fossem abandonados. Não estão! Estão bem acolhidos em uma casa, um novo lar, uma nova perspectiva para eles”. 
No lar são feitas comemorações de aniversário a cada três meses, e na última quinta-feira, dia 28, durante a visita do Jornal O Estafeta, foi comemorado o aniversário de Amábile, Maria, Otília, Lucimeri, Ademar, Lauro e Nivaldo. Eles, que comemoraram aniversário recentemente,  estavam arrumados, mulheres de unhas pintadas, ansiosos pela comemoração. Uma sala enfeitada com balões e uma mesa cheia de delícias, que foram todas doadas, tornaram a tarde mais alegre para eles. 

Qualidade de vida proporcionada no Lar São Francisco
gera felicidade plena.

Rotina marcada por muitas atividades

Segundo o presidente Esteves, os idosos têm uma série de atividades durante o dia. Seguem o ritmo como se estivessem em sua própria casa.  
Hoje, eles recebem trabalhos psicológicos (individual e coletivo), que são subsidiados pela prefeitura, como também, semanalmente, tem atividades orientadas por um profissional de Educação Física. A nova diretora Marly ressalta que estão buscando proporcionar para os idosos atividades interativas, que tornem o ambiente mais atrativo. 
Os passeios proporcionados a eles trazem um brilho especial nos olhares. Marly conta que, recentemente, a Secretaria do Turismo os presenteou com um passeio no Trem da Alegria, na época do Carnaval. 
Neste mês, os idosos serão levados para conhecer a Femaçã, o que, com certeza, os alegrará muito. “A nossa maior dificuldade é o transporte para levá-los juntos. Mas se não conseguirmos, iremos com carros, levá-los passear na cidade, fazer piquenique, para que não fiquem totalmente isolados da comunidade”, afirma Marly.

Futuras ampliações 

A Secretária de Habitação e Longevidade, Adriana Maria Parise, destaca que, recentemente, a estrutura do lar foi reformada com a troca do telhado. Ela acrescenta que além de melhorias na infraestrutura se buscam novos projetos visando melhorar a qualidade da instalação e do atendimento. 
Ela coloca também que a Prefeitura pensa em ampliar as vagas futuramente, pois, de acordo com as perspectivas que se tem do envelhecimento e da expectativa de vida que já está aumentando, e tende a continuar, será necessário. “Visando um envelhecimento saudável para nossos idosos, pensaremos em novos espaços, que sejam acolhedores. Já foram estudadas possibilidades, inclusive a tentativa de captação de recursos para a ampliação”, conclui. 
 

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