Seguindo os outros e sendo infeliz…

Vivemos o tempo das coisas passageiras. Das emoções fúteis e rápidas. Dos mil beijos de bocas diferentes. Do sexo pão com manteiga, rápido e as vezes indigesto.

Queremos muito alguma coisa agora, para daqui a meia-hora desprezarmos. O celular da moda de hoje é o tijolo de amanhã. A roupa mais chique será o “mico” dos guarda-roupas logo, logo.

Começamos o dia com a certeza de que os problemas serão maiores que a nossa capacidade de vencê-los. Teremos tantas insatisfações, tantos desejos negativos que acabaremos o dia exaustos. E com uma certeza maior ainda: não valeu a pena.

E por que a vida não vale a pena? Por que o dia não valeu a pena? Porque nossos sentimentos estão focados no mundo, e o mundo ensina consumir, ter, possuir.

Para ser da turma tem que ter o tênis tal, a calça tal, tem que beber e beber muito, tem que fumar isso, usar aquilo. E lá vai a massa seguindo os perdidos.

E enchemos os consultórios dos psiquiatras com nossas insatisfações, e lotamos as farmácias com nossas receitas de tarja preta.

Estamos nos fechando em problemas que nós mesmos criamos e fazendo deles um tormento.

Parecemos adolescentes onde tudo é enorme, tudo é maior que a gente.

Acorde para a beleza da vida que passa. Para o tempo que te pertence. Não se perca em desejos tolos e inúteis.

Fortaleça as relações reais, as que trazem ombro, cheiro, abraços e vida.

Não deixe o tempo escorrer pelos dedos atrás de sonhos fúteis.

Tem muita coisa que não custa nada no mundo e é capaz de te fazer feliz.

Descubra-se capaz de ser a pessoa mais feliz, sendo quem você é de verdade.

Ame-se profundamente e exija da vida o seu maior direito, em qualquer idade, a sua FELICIDADE. Acredite em você.

Texto de Paulo Roberto Gaefke

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