Chuvas causam transtornos e deixam rastro de prejuízos

A noite de sábado foi de contabilização dos prejuízos em diversos pontos de Veranópolis. Uma forte chuva atingiu vários bairros da cidade, alagando ruas e invadiu casas. Os bairros mais atingidos foram Santo Antônio e Pôr-do-Sol. A cobertura de um córrego localizado na Rua Ademir Simonetto rompeu e invadiu as residências. Cerca de quatro famílias perderam boa parte do que possuiam. Para a nossa reportagem, moradores lamentaram os prejuízos. 
Uma das reclamações feitas pelos habitantes é que res-ponsáveis pelas Secretarias Municipais demoraram para prestar auxílio aos neces-sitados. Um grupo chegou a realizar manifesto em frente a residência do prefeito, na área central da cidade, pedindo ajuda. Waldemar De Carli estava em férias e não se encontrava na cidade. Secretários relataram que, devido à grande demanda de serviços, passaram por todos os bairros ainda na noite do sábado.
 No mesmo bairro, a força da água chegou a arrastar um carro que estava estacionado numa garagem próxima ao córrego. Um cadeirante ficou preso dentro de uma residência; quando o Corpo de Bombeiros chegou, as chuvas já haviam diminuido e ele optou por permanecer na casa.
No Pôr-do-Sol não foi diferente. Com as vassouras, moradores limpavam as casas jogando para fora a lama que invadiu os cômodos.
Na BR 470, uma árvore caiu no km 178, próximo à sinaleira, e deixou o trânsito em meia pista. Bombeiros e Prefeitura atuaram para remover o entulho.
Os Bombeiros receberam inúmeras ligações solicitando ajuda, porém, o atendimento foi priorizado a famílias e pessoas em risco de vida. Um dos casos atendidos foi de três idosos que ficaram presos no elevador de um prédio da Avenida Osvaldo Aranha. 
Foram vários os pontos da cidade que registraram alagamentos. A Rua Barão do Rio Branco, o bairro Univer-sal, próximo ao Parque da Integração, a Rua Adriano Farina/bairro Santa Lúcia, a Rua Giocondo Armando Toschi/bairro Sagrado Cora-ção de Jesus (um muro desabou), a Rua Fiorelo Henrique Chiaradia e José Montaury/Palugana, o bairro Renovação, são alguns dos exemplos de locais em que a água causou prejuízos.
Segundo pluviometros instalados pela região, os níveis de chuvas variaram: no bairro Medianeira foram regis-trados 105mm; na Estação Metereológica da Fepagro, em Sapopema, foram 39,8mm e na Linha Aimoré em Vila Flores, foram 70mm. 
Segundo o secretário Romeo Tedesco, nesta semana, as secretarias Municipais estãomobilizadas para auxiliar as famílias que tiveram perdas. Na última segunda-feira, 14, seis equipes estavam percorrendo os pontos críticos da cidade. A maior equipe mobilizou-se no bairro Santo Antônio, realizando limpeza de boca de lobo e retirando entulhos. 
A Prefeitura também mobilizou equipe de engenharia para avaliar alternativas para a reformulação do córrego que teve rompimento em três pontos. Hoje, cerca de 65% do escotamento pluvial da cidade passa por ele. Tedesco frisa que algumas famílias chegaram a construir residências próximo a ele, em áreas invadidas. A secretaria também busca alternativas para esse problema.
Outra questão apontada é que a Prefeitura busca solução para outros problemas de saneamento junto a Corsan. Estariam sendo empenhados R$ 500 mil para obras neste setor, porém seriam necessários cerca de R$ 2,5 milhões. 
O prefeito emitiu nota por meio de seu perfil no Facebook. Ele salientou que tem conhecimento da situação, que a cidade tem desde 2008, um Plano de Esgotamento Fluvial, e que projetos estão sendo desenvolvidos para garantir melhorias no setor.

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