Carteira de identificação para pessoas com autismo passa a ser feita no Rio Grande do Sul
A Faders anunciou, nesta sexta-feira, no dia em que se comemora o Dia do Orgulho Autista, que o Rio Grande do Sul passará a emitir a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) em todo solo gaúcho. Os usuários da Ciptea não terão nenhum custo para obter o documento.
O pedido pode ser feito a partir de hoje por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou por seus responsáveis através de um formulário online. No endereço, a pessoa encontrará uma cartilha produzida pelo setor técnico da Faders que explica passo a passo de como encaminhar o documento.
De acordo com o presidente da Faders, Marquinho Lang, as pessoas que não têm acesso a internet podem buscar atendimento em entidades como as Associações para Pessoas com TEA e as APAES. “Nós já firmamos essa parceria tanto com as Associações para Pessoas com TEA, como com as APAES, e até já realizamos encontros explicando metodicamente como realizar o encaminhamento da Ciptea. Todos, em uma grande parceria, nos ajudarão nesse processo”, afirmou.
Segundo ele, o documento atende aos requisitos da Lei Federal 13.977/2020 e traz algumas inovações. “A Ciptea gaúcha terá um QR Code, em que será possível obter mais dados sobre a Pessoa com TEA além daqueles em que estão no documento físico, inclusive, tendo a geolocalização do endereço residencial”, explicou.
Para a diretora-técnica da Faders, Ana Flávia Beckel Rigueira, a implantação do documento ajudará na definição de políticas públicas para as pessoas com TEA. “Atualmente, não temos dados oficiais sobre o número de pessoas com autismo no Estado e no Brasil. Temos um número de pesquisas internacionais, de que um em cada 54 nascidos possui Transtorno do Espectro Autista. Com a Ciptea, poderemos criar um banco de dados que nos dará informações mais próximas da nossa realidade”, completou.
Fonte: Correio do Povo
