Inverno será marcado por pouca chuva e muitas frentes frias

Apesar dos dias congelantes das últimas semanas, o inverno inicia no dia 21, à 0h32min. Segundo informações do Climatempo, uma frente fria irá marcar os primeiros dias da nova estação na Região Sul, que terá queda significativa de temperaturas e até geada.

Não apenas uma, mas de duas a quatro frentes frias vão passar pelo Estado entre os dias 21 e 28 de junho, mantendo o clima frio e persistente. A passagem dessas frentes frias será comum em todo o inverno no Rio Grande do Sul. De acordo com Celso Oliveira, meteorologista da Somar, esse cenário vai contribuir para uma sensação térmica no tom do inverno.

— A previsão é de temperatura dentro da média, com pouca oscilação e entradas frequentes de ondas de frio — explica Oliveira.

De acordo com Gil Russo, meteorologista do Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet), as médias mínimas paras os meses de julho, agosto e setembro vão ser entre 4° e 8°C, enquanto que as médias máximas terão variação entre 14° e 16°C.

— O pessoal que gosta de inverno vai ficar contente, porque como não teremos muitas chuvas, haverá mais entradas de ar polar, provocando alguns dias frios. Principalmente, com neblina ou se estiver nublado, porque nesses dias, a temperatura não varia. Ou seja, se amanhecer frio, permanece frio durante todo o dia e não esquenta à tarde — explica Russo.

Temperaturas abaixo da média são previstas para o nordeste do Rio Grande do Sul, pois a incursão de massas de ar de origem polar possibilita a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente as de maior altitude. O meteorologista da Somar não tem dúvidas de quais cidades são essas.

— Cambará, São José dos Ausentes, Bom Jesus e Vacaria. Essas cidades sempre se destacam pela baixa temperatura e, nesse ano, não será diferente. Não dá para estimar qual vai ser a mais fria, porque elas surpreendem sempre — explica Oliveira, bem-humorado. 

O prognóstico do Inmet para os meses de inverno, indica o predomínio de chuvas próximas e abaixo da média em grande parte da Região Sul. Em algumas áreas localizadas sobre o sul e leste do Rio Grande do Sul, a tendência é de que ocorram chuvas abaixo da média, principalmente no mês de setembro.

— A questão importante é que no ano passado a estiagem severa comprometeu as culturas de inverno. Nesse ano, a boa notícia para a produção agrícola da Serra é que, embora a previsão seja de chuva abaixo da média, a gente não terá a estiagem observada em 2020 — ressalta.

O clima pode ser influenciado ainda por anomalias que representam alterações no sistema atmosférico e provocam mudanças em várias partes do planeta, sendo que as duas principais são o El Niño e a La Niña.

Em 2020, o Brasil estava sendo influenciado pela La Niña, que impacta de forma mais evidente na primavera e início do verão, causando diminuição das chuvas na região Sul e chuvas acima da média no extremo Norte do Brasil. 

— Nesse ano, estamos em um período de neutralidade (nem El Niño, nem La Niña), o que ajuda na normalidade das chuvas. No inverno, as chuvas constantes são muito importantes para encher os reservatórios e ajudar na estiagem, comum no Estado durante o verão —destaca Oliveira.

Fonte: Pioneiro

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