Governo do RS autoriza volta do público aos estádios e libera uso de pistas de dança

Decisão sobre as pistas deve valer a partir de outubro, mas proposta não inclui shows e casas noturnas

Sem emitir novos alertas ou avisos no sistema 3As de monitoramento da pandemia pela terceira semana seguida, o governo do Estado permitiu uma série de liberações na quarta-feira, dia 1°. Nos próximos dias, o público poderá voltar aos estádios do Rio Grande do Sul, com respeito a algumas restrições. Além disso, a partir de 1° de outubro, ficam liberadas as pistas de dança em festas infantis, sociais e em eventos de entretenimento, mas não em shows e casas noturnas.

Segundo o governo, as novas permissões levam em consideração os dados positivos no Estado, como a tendência de queda no número de internados com suspeita ou confirmação para a covid-19.

De acordo com divulgação do próprio governo, 737 pessoas estavam internadas em leitos clínicos até o início da tarde da quarta-feira, dia 1º — o menor número desde 15 de junho de 2020. Outros 706 pacientes confirmados ou com suspeita de coronavírus estavam em leitos de UTI — o menor número desde 9 de julho do ano passado.

O retorno dos torcedores aos estádios depende de publicação dos novos protocolos no Diário Oficial do Estado (DOE), o que deve acontecer até sexta-feira, dia 3. Algumas regras, no entanto, já foram divulgadas.

O público ficará limitado a 40% da capacidade por setor e com teto de 2,5 mil pessoas. Medidas básicas de higiene, como uso obrigatório de máscara, devem ser seguidas.

Já as pistas de dança em festas infantis, sociais e em eventos de entretenimento poderão ser ocupadas a partir de 1° de outubro, respeitando o teto de 150 pessoas dentro do protocolo variável — aquele que o governo definiu para determinada atividade e que é passível de modificação. Se decidido e autorizado pelas regiões, a ocupação poderá chegar até 350 pessoas. Máscaras também são obrigatórias. Por enquanto, essa liberação não serve para casas de shows e casas noturnas.

 

Coordenador do Gabinete de Crise, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior mencionou, em nota, que as novas liberações não representam uma diminuição dos cuidados em relação ao coronavírus. Também disse que, com a aproximação da Expointer, um dos maiores eventos do Rio Grande do Sul, a intenção do governo é de “fazer história”.

“Estamos próximos de começar a Expointer, um dos maiores eventos do Estado, e queremos fazer história na edição deste ano, nos tornando símbolos da prevenção e da segurança contra o coronavírus”, disse.

Para a epidemiologista Suzi Camey, integrante do Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia do Governo do Estado e professora da UFRGS, a pressão para uma maior flexibilização é natural, já que há menos pessoas hospitalizadas pela covid-19. No entanto, pondera ela, apesar da esperança na vacinação, existe o risco da variante Delta do coronavírus.

Outra observação que ela faz é que havia queda no número de internados e de mortos pela doença, mas o cenário, agora, é de estabilização nesses indicadores.

— Fazendo analogia com o futebol, podemos comemorar esse empate, pois estávamos com queda forte nas hospitalizações e óbitos, e agora temos uma estabilização. As próximas semanas podem mostrar se essa estabilização vai se manter. Espero que, se houver reversão de queda no número de hospitalizações pela doença, essas liberações sejam revistas — diz a professora.

 

Fonte: GaúchaZH

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