No ritmo atual, professores começariam a ser vacinados contra o coronavírus em junho no RS

Com base no ritmo de vacinação diária do último mês, o Rio Grande do Sul começaria a vacinar os cerca de 194,4 mil profissionais da educação gaúchos apenas na segunda semana de junho, segundo estimativa de GZH sobre dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). 

Há mais de 2 milhões de pessoas que precisam ser imunizadas antes dos professores no Rio Grande do Sul, segundo dados do governo do Estado atualizados na manhã desta quarta-feira (21). 

Nos últimos 31 dias, o Rio Grande do Sul aplicou uma média de 36,5 mil primeiras doses diárias. Se for mantido tal compasso, seria necessário aguardar até 15 de junho para o início da vacinação dos profissionais da Educação Básica e 19 de junho para os do Ensino Superior. 

Cerca de 60% dos idosos de 60 a 64 anos receberam a primeira dose no Estado até agora. Após completar a aplicação nesse contingente, o próximo grupo é o de pessoas que tenham ao menos alguma das 22 comorbidades definidas pelo Plano Estadual de Vacinação – Estância Velha, no Vale dos Sinos, é a exceção que já deu a largada nesse público.

A seguir, entram indivíduos com deficiência permanente grave, pessoas em situação de rua, presos e funcionários do sistema de privação de liberdade. A ordem definida pelo Plano Estadual de Vacinação segue orientação do Plano Nacional de Imunização (PNI), estabelecido pelo Ministério da Saúde. 

Mas há uma chance de que os professores gaúchos recebam uma dose antes de junho: o governo do Estado entrou na sexta-feira passada (16) com pedido de liminar (decisão imediata e provisória) no Supremo Tribunal Federal (STF) para antecipar a vacinação de docentes. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, pediu tempo para receber retorno do Ministério da Saúde antes de tomar uma decisão. 

O Rio Grande do Sul aguarda a decisão do STF antes de priorizar professores porque, historicamente, Estados sempre seguiram as regras de vacinação estabelecidas pelo PNI, definido pelo Ministério da Saúde. 

São Paulo, contrariamente, antecipou a vacinação de professores e servidores de escolas a partir dos 47 anos – mas, como resultado, atrasou a imunização das pessoas com mais de 60 anos. 

Enquanto o Rio Grande do Sul, neste momento, imuniza gaúchos entre 60 e 64 anos, o Estado de São Paulo começou, nesta quarta-feira (21), a vacinar idosos entre 65 e 66 anos. 

— O que o governador Doria fez gera constrangimento e expõe quem faz essa alteração. Entendo que alguma associação de diabéticos, de hipertensos poderia entrar na Justiça por estar tirando vacinas deles — afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB) sobre o colega de partido à colunista Rosane de Oliveira. 

O Piratini entrou ainda com outra ação no STF para permitir a retomada das aulas presenciais em bandeira preta. A análise está com o ministro Kassio Nunes Marques. 

Ordem da vacinação na educação

Entre os profissionais da educação, o Ministério da Saúde estabeleceu que devem ser vacinados primeiramente aqueles que trabalham na Educação Básica e, depois, quem atua no Ensino Superior. A proposta da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, feita ao Comitê de Crise do governo Eduardo Leite, segue a orientação federal e especifica os detalhes: iniciar a imunização em quem atua na Educação Infantil. 

A ideia é vacinar dos mais velhos para os mais novos e sem interromper a aplicação no grupo de pessoas com comorbidades. Depois da Educação Infantil, viriam os professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. Os grupos prioritários constituem 5.081.552 pessoas, o que representa 45% de toda a população gaúcha.

Apesar de o ritmo da vacinação ser lento no país, o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro que mais vacinou sua população até agora: 17,4% dos habitantes receberam a primeira dose, segundo dados do portal Covid-19 no Brasil. Em segundo lugar, está Mato Grosso do Sul. 

Por outro lado, o Rio Grande do Sul cai para a sétima posição na aplicação da segunda dose – 5,11% da população a recebeu. São Paulo lidera esse ranking. A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul foi contatada pela manhã, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Fonte: GZH

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