Desde a última quarta-feira (21), O Estafeta está publicando série de entrevistas com os candidatos a Prefeito dos municípios da região, seguindo critério de ordem alfabética dos candidatos, sendo dois por edição. A seguir, você confere a entrevista completa com o candidato Ademir Bianchi, do município de Cotiporã.
Olá, sou Ademir Bianchi, tenho 54 anos, sou comerciante e viticultor, nasci na Linha Frei Caneca e sou filho de Roccho e Gelci Maria, companheiro de vida de Claudia Siviero e desse relacionamento nasceu o nosso filho Pietro. Fui eleito vereador e reeleito com uma expressiva votação, isso me deu muita responsabilidade para trabalhar pelo meu povo. Hoje, ao lado de Luciane Busatta, 40 anos, vamos trabalhar pela nossa Cotiporã, Luciane é enfermeira e dedica a sua vida a cuidar das pessoas, casada com Marco Aurélio e mãe da Alice adotou Cotiporã como cidade para formar e criar sua família.
Defina política em uma palavra:
Democracia
O que significa democracia para o senhor?
É servir a todos de forma igualitária, é trabalhar para o bem. Nosso interior, por exemplo, sofre com a falta de investimentos, ele precisa de mais atenção. Democracia é atender os anseios de quem faz a nossa terra se desenvolver, quem trabalha para que as coisas aconteçam. A porta do Gabinete precisa estar sempre aberta, a voz das pessoas precisa ser ouvida na prática.
Porque você quer ser prefeito do seu município?
Quero ser prefeito para fazer a diferença na vida das pessoas. Entendo que, para chegar lá, existe um conjunto de fatores que são fundamentais nessa caminhada; primeiro: o momento, tem que ter o apoio do partido, dos amigos, da família e da população; segundo: tem que estar preparado em todos os sentidos, seja de forma acadêmica, com experiência e também de forma espiritual; terceiro: tem que querer ser prefeito, eu estou preparado e quero, com o apoio dos eleitores, ser o prefeito da nossa Cotiporã, vamos construir juntos uma bela história para a nossa terra, com respeito e dedicação, nosso Plano de Governo é amplo e foi planejado com a participação de diversos segmentos da comunidade.
No seu ponto de vista, qual é a principal prioridade do município e como atender essa demanda?
A maior prioridade do nosso município são as pessoas que aqui residem, é importante tratar área rural e urbana com igualdade, nossas ações precisam ser voltadas para todos, com respeito e visão de futuro. Na área rural, nossa infraestrutura precisa dar condições de trabalho a quem lá reside, para isso, vamos criar o Programa Gente da Terra, ele reunirá todas ações para impulsionar o setor primário. Quanto a área urbana, as demandas são muitas, mas a principal é de termos um Posto de Saúde com médico à disposição 24 horas. Paralelo a isso, todas as demais áreas precisam ser atendidas nas suas demandas, uma das prioridades também, é a redução de custos desnecessários com publicidade.
Muitas entidades precisam de auxílio do município para se manterem. Como você pretende atuar nisso?
Pretendemos, assim que assumirmos fazer o levantamento de toda a situação financeira do município e vamos programar o pagamento das contas. O primeiro passo quanto às entidades será deixar as portas do gabinete abertas para ouvirmos suas necessidades, e na sequência, elencaremos as prioridades de cada uma e formas de auxiliarmos em seus trabalhos.
Como o senhor irá montar a equipe de trabalho de sua gestão? Afinal, ela fará toda a diferença na execução de seus projetos. Se você é candidato a reeleição, manterá as mesmas pessoas?
Uma Administração precisa ser feita para as pessoas como um todo. Quando aceitei ser candidato, coloquei como meta, a livre escolha de minha parte, de quem ocuparia os cargos públicos, o meu pedido foi acatado e reafirmo aqui o meu compromisso de que, quem assumir os cargos de gestão em nossa Administração, serão pessoas capacitadas para tal. Precisamos pensar mais no município, ter visão de futuro e planejar para alcançarmos as metas, e o principal de tudo: enxugar a máquina pública, diminuir o número de CCs e valorizar os servidores públicos, estes serão mais ouvidos e terão peso na tomada de decisões.
Todos esperamos pelo pós-pandemia e na recuperação de nossos municípios. Quais serão suas primeiras ações após assumir, para planejar a retomada de nossas atividades e da economia?
Vamos começar enxugando a máquina pública e buscando incansavelmente recursos federais, esses primeiros passos já nos possibilitarão investir em áreas que serão fundamentais na retomada de nossas atividades no pós-pandemia. Um dos caminhos será o investimento em programa de impulsionamento do comércio, indústria e prestação de serviços. Também vamos estruturar os serviços de saúde e assistência social, na agricultura, vamos criar o programa Gente da Terra. Precisamos que nosso município esteja estruturado de forma adequada em todos os setores para atender a toda a população de forma igualitária e principalmente, ouvindo-a, assim saberemos o caminho para seguir em frente.
Como você avalia a obtenção de empréstimos/financiamentos por parte do Poder Público?
Antes de tudo, a gestão precisa estabelecer sua visão de médio a longo prazo com perspectiva de futuro e o impacto das ações no presente. Acredito que se a obtenção de empréstimos/financeiros ocorrer para a execução de projetos de infraestrutura de altos valores, deve-se ter o cuidado de não demandar toda a capacidade de endividamento do município. Caso contrário, o próximo prefeito terá imensas dificuldades de implementar suas políticas públicas. Não se pode inviabilizar o desenvolvimento do município nos anos posteriores, tudo passa pelo planejamento, pela valorização do que é de todos, afinal quem vai pagar a conta somos todos nós cidadãos.
Uma das demandas de Cotiporã é a construção da ponte no Rio das Antas, na ligação entre o município com Bento Gonçalves. Qual é a sua opinião sobre o tema?
Os recursos necessários para o projeto e a execução da nova ponte inviabilizariam os cofres públicos do município, quanto ao Estado, sabemos de sua situação financeira. Vamos trabalhar junto ao DNIT para que a autarquia possa assumir a execução dos trabalhos, visto que o trecho é uma via alternativa para a BR 470, quando a mesma está bloqueada. Vamos lutar para recebermos recursos federais para investirmos no local, já trabalhamos para o repasse de verbas para a Rua Bento Gonçalves e vamos em busca de mais recursos para mais asfaltamento da via. Precisamos pensar na ponte e pensar também na recuperação da ERS 359, entre Cotiporã e Veranópolis, pois as duas demandas precisam de atenção especial.
Que projetos você tem para impulsionar a agricultura em nosso município?
Em nossa gestão, um dos principais focos será o setor primário, vamos investir na área rural, uma de nossas maiores fontes de renda. Investindo na agricultura, vamos estar investindo em todo nosso município, pois a economia gira e assim teremos retornos, para isso acontecer, vamos criar o Programa Gente da Terra, ele reunirá todas as ações da administração. Vamos levar o desenvolvimento das propriedades, melhorar sua infraestrutura, levar redes de energia trifásicas ao interior, suas estradas, agregar valor aos produtos, auxiliar com serviços de hora/máquina, qualificar a mão de obra, levar mais tecnologia, entre outras ações. Vamos fazer com que o cidadão sinta orgulho de onde mora e lá queira ficar.
Espaço para você deixar as suas considerações finais.
Respeito, tratamento igualitário, menos interesses pessoais e partidários, mais investimento na vida, nas pessoas e no planejamento de futuro. Cuidar de nossa Cotiporã, cuidar do que é de todos, esses são os objetivos meus e da Luciane, juntos, com uma equipe inovadora e qualificada, vamos trabalhar pelo desenvolvimento da nossa terra e da nossa gente. Temos um projeto de município e nos colocamos à disposição, com humildade e simplicidade, para trabalharmos para uma Cotiporã para todos. Forte abraço.
