Religião por aqui ainda tem rosto católico, mas diversidade cresce na microrregião

A força da fé molda a cultura, a história e até a paisagem das cidades da Serra gaúcha. As igrejas no alto dos morros, os capitéis à beira das estradas e as romarias que reúnem multidões ainda são retrato fiel da herança deixada pela imigração italiana — fortemente católica — que colonizou a região. No entanto, os dados mais recentes do Censo 2022 do IBGE revelam um panorama em transformação: embora o catolicismo continue predominante, outras religiões e formas de crença têm ganhado espaço, acompanhando os novos tempos.

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Reflexos culturais de uma mudança silenciosa

Apesar da predominância católica — que em algumas cidades ultrapassa os 90% —, a região começa a sentir os reflexos de uma mudança no perfil religioso. O aumento do número de evangélicos, mesmo que gradual, revela uma busca por novas formas de espiritualidade. As igrejas evangélicas ganham fiéis em bairros e comunidades rurais, enquanto cresce também o número de pessoas que não se vinculam a nenhuma religião.

O que se mantém, no entanto, é a religiosidade como parte essencial do cotidiano e da identidade local. Seja por tradição ou por escolha pessoal, a fé ainda é um pilar central da vida nas cidades da Serra — mesmo que, hoje, com mais vozes e formas de expressão.

Inclusive, a religiosidade é um dos fatores descobertos nas pesquisas como crucial para a longevidade, aliado a outras questões como desenho das cidades, a alimentação saudável e a convivência comunitária.

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