Especial Dia das Mães: fortalecendo laços

Sem ver os pais desde o dia 11 de fevereiro, Cinthia Zorgi,  42 anos, que mora em Veranópolis, graças à tecnologia, consegue manter o contato. “Conversamos por todos os meios, mas sinto mais, agora, a necessidade de chamadas de vídeo, para ter o contato visual com ela e meu pai, e ter certeza que estão bem. Também tentamos reunir a família e conversar por vídeo juntos”. 

Cinthia tem duas irmãs, Vanessa, que mora em Novo Hamburgo e Bianca que mora em Flores da Cunha, mesma cidade onde moram seus pais. Por isso, ela é  única que consegue vê-los e auxiliá-los, entretanto, é fonoaudióloga entretanto é fonoaudióloga e tem contato com pacientes no consultório e no hospital, por isso, muitos cuidados são necessários. 

A mãe de Cinthia, Maria do Carmo Curra Zorgi, 71 anos, nas palavras da filha, professora  aposentada, mas sempre escritora, exímia cozinheira e mãe inspiradora, salienta que o momento é atípico e de avaliação de sentimentos.

“Passamos a avaliar os sentimentos, a caminhada de vida, a importância que as pessoas tem na vida da gente.  É um momento  de caminhar leve, falar baixo, ouvir o coração e despertar o que realmente tem significado nas nossas vidas”

Sem dúvidas o Dia das Mães sempre foi de reunião familiar, por isso, não passar a data com a mãe será difícil, entretanto, é uma prova de amor. “Há vários sentimentos envolvidos… uma saudade imensa que gera tristeza, mas em contraste, um amor enorme que traz força para conseguir manter o distanciamento, já que sabemos que é o único modo efetivo de protegê-la no momento. Acredito que esta atitude seja a maior prova de afeto e amor que os filhos podem dar a suas mães neste momento tão incerto. Fica a expectativa de um reencontro ainda mais intenso”, afirma Cinthia. 

 

 Maria do Carmo destaca que o coração de mãe é esperançoso e ele dá a certeza de que haverão momentos maravilhosos no decorrer. 

“Os filhos são parte da gente, a gente os ama verdadeiramente,  basta passar pela experiência para saber o quão grande é o amor de mãe. Mas haverão outros momentos, novas oportunidades, vamos acreditar nisso. Vai ser um momento difícil, acredito que para todas as mães que esperam o abraço, não o abraço virtual, mas aquele abraço, que a gente diz ‘estar dentro de um abraço é o melhor lugar do mundo’ e esse momento vai faltar”, garante. 

A situação vivida, possibilita a reflexão, por isso, Maria destaca que o Dia das Mães vem também, para nos unir mais ainda. “No momento em que sentirmos a falta do abraço, aquele abraço presencial, nós vamos poder avaliar os sentimentos. E tenho certeza que eles estão fortalecidos pela fé, pela luz, por tudo que um coração de mãe possa iluminar e acrescentar na vida de um filho”.

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