Mulheres que Inspiram: conheça a história da professora Sarah; veja vídeo

Especial Dia Internacional da Mulher

O ensino básico brasileiro, em sua maior parte, é realizado por mulheres. Do corpo docente, composto por mais de 2,3 milhões de profissionais, 1,8 milhões (79,2%) são professoras. Na educação infantil, onde se inicia a trajetória escolar regular, elas são praticamente a totalidade de quem educa: 97,2%, nas creches e 94,2%, na pré-escola. Os dados são do Censo Escolar 2022, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em fevereiro.

A mais importante pesquisa estatística sobre o ensino básico brasileiro revela, ainda, que a atuação feminina é uma tônica, também, nas demais etapas. No ensino fundamental (1º ao 9º ano), as mulheres são 77,5% dos 1,4 milhão de docentes e, no médio, elas representam 57,5% do total de 545.974. A maior parte delas tem entre 40 e 49 anos (35,2%) – o censo também indica um padrão na predominância dessa faixa etária em todas as etapas de ensino. Mulheres de 30 a 39 anos representam 28,5%, seguidas pelo grupo das que possuem de 50 a 54 anos (12,2%) e das que têm de 25 a 29 anos (8,3%). Docentes com até 24 anos são 3,4%.

Sarah TeKolste é natural de Indianápolis, Indiana, Estados Unidos e mudou-se para Veranópolis em janeiro. A jovem é professora de espanhol e inglês, sua paixão pelo português surgiu durante a pandemia de Covid-19, onde ela começou a aprender o idioma de forma online. “Sou formada em espanhol, na minha cidade dava aula em escolas, mas sempre fui apaixonada por português”.

O curso de português foi realizado através da CIC Idiomas de Nova Prata, em novembro de 2023 Sarah realizou um intercâmbio de professores em Nova Prata, se apaixonou pela região e resolveu ficar por mais tempo. “Vim para ficar duas semanas, gostei do lugar, procurei emprego, consegui e resolvi ficar mais tempo”.

Seus planos são de permanecer na região por um ano, podendo prolongar sua estadia por mais um ano. A profissão de professora é considerada uma feminina e ao mesmo tempo é um cargo desvalorizado. De acordo com ela, as mulheres conquistaram muito espaço e voz na sociedade nos últimos anos, mas ainda há uma necessidade de avanços, principalmente quando se trata da educação. “As pessoas precisam olhar com mais carinho e atenção para quem cuida de suas crianças e em outras áreas também”.

Sarah explica que percebe muita diferença de valorização da educação e do estudo de línguas estrangeiras aqui. “Lá eu fui professora de espanhol por oito anos, aqui tenho algumas turmas de espanhol, mas dou aula principalmente de inglês. Percebo que as pessoas valorizam mais a educação aqui e incentivam o estudo de línguas estrangeiras”.

Em qualquer lugar do mundo, as mulheres devem buscar seu espaço no mercado de trabalho e sua independência, seja ela financeira, emocional, de locomoção, entre outros. Historicamente, as mulheres são condicionadas a não terem opinião, não terem voz ativa e entre outras situações. “Existe o estereótipo de que mulheres bem-educadas devem ser quietas, eu diria para as mulheres, principalmente para as professoras, que tenham voz, que falem e que deem suas opiniões. Para aquelas que querem ser professoras, façam suas vozes serem ouvidas, porque nós somos importantes”.

 

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