Paixão Pentacolor: O trabalho além de uma partida de futebol

O gerente de futebol Ademir Bertoglio sabe muito bem como é difícil e cuidadosa a contratação dos atletas que vestirão a camiseta pentacolor. Ele coloca que é necessário assistir jogos diariamente, visando uma boa escolha dos atletas.  O Veranópolis é uma equipe que disputa somente o Gauchão e a questão de trabalhar apenas um semestre ao ano prejudica a montagem da equipe, por isso, é preciso ter vários nomes à disposição. “Muitas vezes, pretendemos trazer determinado atleta, mas ele recebe uma proposta de contrato de um tempo maior. E sabemos que todos são profissionais e cada um busca um espaço melhor para trabalhar. Devido a isso temos outros atrativos que fazem com que consigamos trazer atletas de qualidade, que não seja o calendário, mas sim, as condições de trabalho que o VEC oferece”, coloca Bertoglio.  
Nesse ano, dois atle-tas precisaram ser subs-tituídos devido a outras contratações. Um deles é Lucas Carvalho, lateral direito que foi contratado por uma equipe do Japão, e Marquinhos, lateral esquer-do, foi para o São Caetano. O clube aceitou a saída dos atletas, o VEC ficou com percentual no passe de Lucas Carvalho numa venda futura e com multa paga pelo São Caetano, o que estava acertado em contrato com Marquinhos. O gerente vê isso como sinal positivo, de que acertaram nas contratações, de modo que utilizam essas informações para atrair outros atletas. 
Bons exemplos de que o VEC é uma boa vitrine para a carreira dos jogadores, são recentes. Jogadores que estavam no elenco de 2018, atualmente, estão em ótimas condições de empregabilidade, Mattioni foi para o Coritiba,  Bertotto acertou com o Londrina e Jair está no Atlético Mineiro. “São atletas que estavam fora do mercado praticamente, e usaram o VEC como trampolim para ativar a carreira, voltando ao mercado em situações muito melhores”, orgulhoso, afirma. 

Preparação curta 
Diferentemente de clubes da Série A, compostos por jogadores de maior qualidade e com sequência de treinos e equipes, o VEC tem apenas dois meses para preparar os atletas antes da competição. “Times maiores, em setembro/outubro  falam que o grupo está em formação, e nós não temos o direito de falar isso, porque nós montamos o time, 23 atletas um de cada local praticamente, e eles são obrigados a se entrosar. Então, por isso, valorizo muito o trabalho da comissão técnica, e está num bom nível de preparação. Os jogadores estão tendo entendimento do que o Sananduva está pedindo para eles fazerem dentro de campo”, afirma.
A equipe participou de um torneio em Ijuí, disputou amistosos com o Caxias, São Luiz de Ijuí e Juventude. São equipes que disputarão o Gauchão, sendo assim, o VEC não correu o risco de se enganar com adversários fáceis, mesmo que um amistoso tenha inúmeras diferenças de uma partida do Gauchão, substituições, torcida, pressão. Ademir afirma que o Gauchão é muito difícil: são apenas 12 equipes, dentre elas estão times da Série A do Brasileiro, como Internacional e Grêmio, da Série B, como o Brasil de Pelotas, da Série C, como Juventude e São José; então, é preciso muita dedicação por parte dos atletas e do clube, de modo geral. 

A estreia está próxima
O VEC estreia em casa, no dia 19, sábado, contra o Avenida, às 19h. “Acredito que é o adversário mais forte dentro das equipes do interior, fez uma boa campanha no Gauchão passado, foi campeão da Copa Wianey Carlet tem a Série D e a Copa do Brasil. Não será fácil, eles têm uma continuidade de equipe de dois/três anos com o mesmo treinador, uma base de time que vem atuando junto”, destaca Ademir, sobre a qualidade do time adversário. 
No dia da estreia, o VEC estará com dois meses de treinos desde a apresentação, a quantidade de treinamentos é muito inferior ao da equipe adversária. Mas, Ademir afirma que isso faz parte do futebol: “nós confiamos no trabalho que estamos fazendo, esperamos o apoio do nosso torcedor que é fundamental nos jogos em Veranópolis, porque a sequência desses jogos em casa faz com que nós possamos ter uma campanha melhor dentro da competição. Em 2018, vencemos quatro jogos em casa e empatamos um, então isso foi fundamental para que pudéssemos fazer uma boa campanha, e nesse ano não pode ser diferente”, destaca aos torcedores.
Nos  primeiros 13 dias serão cinco jogos, praticamente a cada três dias os jogadores entrarão em campo. “Nós temos um estádio e uma população que coloque 10 mil pessoas, que dê aquele pavor ao adversário. Nós não temos força a nível de Federação na questão de arbitragem, o time maior sempre pressiona, e os árbitros acabam não beneficiando, mas na dúvida, podem beneficiar o adversário. Temos um grupo forte e os torcedores que vão a campo tem que entender que precisarão ser o 12º jogador. Todos os clubes do interior gostariam de estar na situação do Veranópolis. Nas cidades por onde passamos todas as pessoas elogiam o clube, a administração e a organização. E muitas vezes a cidade não se dá conta de que é a menor cidade do Estado que tem um clube na primeira divisão. Nós somos o Davi no campeonato, que jogamos contra o Golias, que o torcedor abrace essa causa e defenda o clube e sua cidade”, frisa. 
Para Ademir, a receita para o sucesso do pentacolor é o trabalho: ”não existe outro caminho, precisamos trabalhar com seriedade, não que nos outros clubes eles não façam isso. Mas o envolvimento, a entrega do dia a dia tem que ser grande. Esse nome que o Veranópolis conseguiu conquistar ao longo dos anos, nós temos que mantê-lo,  manter as condições que damos aos atletas. Todos gostam da cidade, que é organizada, e da qualidade de vida. Isso facilita muito o nosso trabalho, e não tem outra fórmula. A receita do sucesso é acreditar em si mesmo e trabalhar”, ressalta. 
Nesse ano, o VEC tem um super elenco que vai vestir a camisa. “Esperamos fazer uma boa campanha. Importância da torcida e empresário que apoiam o clube, pois ele dá visibilidade ao município”, finaliza. 

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