Por: Marina Duda Mossi – Psicóloga
Todo ano a história se repete, assim que passam as festas de final de ano, os dias de diversão com os amigos, o período de ausência de rotina e compromissos, chega o tal momento: A VOLTA ÀS AULAS.
Não é novidade que este é um período muito importante para as famílias – não só para as crianças – seria hipocrisia dizer o contrário. Para os pais, este é um momento fundamental e um marco do início do ano. Pois ao passo que a criança regressa no ambiente escolar os pais conseguem reorganizar seus dias assim como a rotina de seus filhos.
E falando em rotina, vou utilizar deste espaço para deixar aqui algo que trabalho muito com os pais que vêm ao consultório: o fato dela desempenhar um papel fundamental na vida das crianças e dos adolescentes. É por meio da rotina que conseguimos ensinar as crianças sobre regras, normas, compromissos e autonomia. Bem como mostrar a realidade da família e da sociedade. Por isso exponho isso ao falar da volta às aulas, porque na escola a criança tem rotina e a rotina organiza a criança. É através dela que é possível proporcionar previsibilidade e auxiliar na regulação emocional dos pequenos. Em outras palavras vale ressaltar: nas sutilezas do dia a dia a escola ensina muito mais do que o conteúdo programado.
Mas para além da importância do retorno da rotina na vida dos pequenos, o período de volta às aulas abra uma excelente oportunidade para falar com os filhos sobre um outro assunto essencial: as emoções.
Apesar de muitas crianças demonstrarem empolgação, alegria e euforia com a o período de retorno para a escola, há aquelas crianças que sente emoções desagradáveis, como medo e insegurança diante desta mesma situação. Devemos olhar para essas emoções com carinho – para todas elas – pois as emoções desagradáveis são normais e comuns em todas as idades.
Todo ano as crianças precisam lidar com novos professores, uma nova sala de aula, novos colegas ou até por vezes uma troca de escola. Pois é, as mudanças geram apreensão, isso ocorre com adultos e também com crianças. Portanto, devemos utilizar essa janela de oportunidade para conversar com as crianças sobre o que elas estão sentindo, ou melhor, sobre o que está passando pelos pensamentos delas que as fazem se sentir desta forma.
Por isso, aqui vai a minha dica: ouça sua criança, de vazão aos seus medos, inseguranças, alegrias e tristezas. Valide o que a criança está sentindo! Ajude-a a entender que as emoções são normais e que há desafios na vida para serem superados. Cuide para não medir as preocupações da criança com a régua do adulto. Se você menosprezar o que seu filho(a) está sentindo e pensando porque você vê isso como “bobagem” você estará afastando seu filho de você.
Seja presente, esteja ao lado de seu filho para viver todos os momentos que de você ele precisar. Desde uma volta às aulas até o que o destino vier a proporcionar…
Marina Duda Mossi é Psicóloga Especialista em Atendimento de Crianças e Adolescentes (CRP 07/32558)
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