Família de garoto que doou R$ 21,45 para hospital de Antônio Prado ganha casa nova

O menino Leonardo Cambruzzi Maziero, 11 anos, que ganhou destaque na última semana após doar R$ 21,45 ao Hospital São José, de Antônio Prado, já está morando na casa nova. A família começou a mudança na quinta-feira (9) e já passou o domingo de Páscoa sob um teto confortável, livre de frestas. A história do garoto ficou conhecida depois que ele coletou latinhas de alumínio, vendeu e doou a quantia arrecadada para o único hospital da cidade com o objetivo de colaborar no combate à pandemia de coronavírus.

Léo, como é conhecido pela família e amigos, morava em uma casa simples, alugada na Linha Scavuzzi, com a mãe Zuleide Cambruzzi, o pai, Adair Maziero e os irmãos Eduardo, quatro, e Rafael, 13. A família havia recebido ordem para deixar a moradia e recorreu à Defensoria Pública, que intermediou o caso junto à administração municipal. A família, segundo a mãe, conta com auxílio do Bolsa Família, no valor de R$ 212, e o Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência, que equivale a um salário mínimo.

Conforme a defensora pública Danusa Antonia Ceccato, a família recebe o acompanhamento da assistência social desde fevereiro, bem antes de o menino praticar o gesto solidário.

— A assistência foi até o local e atestou que era bem precário. No início de março, meu colega entrou com uma ação judicial pedindo direito à moradia. Em Antônio Prado, o pedido foi indeferido em função da legislação eleitoral. Mas recorremos ao Tribunal de Justiça e, no dia 25 de março, houve a determinação para que eles fossem inseridos num programa habitacional ou que o município concedesse o aluguel social — explica Danusa.

Segundo a defensora pública, a família ficará na nova moradia por um ano com o auxílio do aluguel social, arcado pela prefeitura. Após, a expectativa é que Léo, os pais e os dois irmãos devam entrar em algum programa habitacional do município para garantir uma residência fixa.

— Pelo menos, momentaneamente, eles vão ter essa moradia digna — reforça a defensora pública.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Pioneiro

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