Ainda é incerto o início das obras da ERS 359, em Cotiporã. Em dezembro do ano passado, a prefeitura entrou com uma ação civil pública contra o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) solicitando medidas urgentes no que se refere ao conserto da via. No entanto, a autarquia argumenta que a intervenção ainda não foi iniciada em função da falta de material asfáltico.
Em busca de soluções, na segunda-feira, dia 14, o prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, se reuniu com o secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella. Ele solicitou a recuperação imediata da ERS 359, no trecho entre Cotiporã e Veranópolis. Durante a conversa, Costella reforçou que o Estado não possui material e nem crédito para compra do material, pois está em débito com o fornecedor desde outubro. Pediu um tempo de aproximadamente 30 dias para organizar a situação.
A buraqueira na ERS 359 é considerada um problema antigo, o que dificulta a trafegabilidade. A rodovia é uma alternativa à BR 470, principalmente quando ocorrem acidentes na estrada federal. Além disso, alunos do Ensino Médio e pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) utilizam os serviços de Veranópolis como referência e, para isso, precisam se deslocar pela ERS 359.
Também, durante a au-diência com o secretário, o prefeito de Cotiporã solicitou apoio para a construção de uma nova ponte sobre o Rio das Antas, a qual une Cotiporã e Bento Gonçalves, e para o asfaltamento da Estrada Bento Gonçalves.
Cotiporã como exemplo
Após o município de Co-tiporã ter entrado com ação pública contra o DAER, o prefeito de Nova Petrópolis, Régis Luiz Hahn, entrou em contato com o prefeito Breda, de Cotiporã, para se aconselhar sobre a postura tomada, e deu continuidade à ação sobre a VRS 827. Em conversa com Breda, Hahn afirmou ter se inspirado em sua atitude para tomar a decisão.
Contraponto
Em nota, o Daer informou que foi notificado e que ”está ciente de sua responsabilidade. A intervenção nesta rodovia ainda não aconteceu devido à falta de fornecimento asfáltico. O Daer está negociando com a empresa que possui dois contratos: um que exauriu e o outro acabou de ser assinado. Assim que retomar o fornecimento, serão realizadas ações na estrada”.
O Daer não se manifestou sobre o prazo de 30 dias que o despacho do Poder Judiciário determinou para início da recuperação da via. O documento frisava que, caso não cumprisse o prazo, a autarquia estaria passível de multa.