Especial Dia das Mães: A história da médica, natural de Fagundes, que passará o dia distante da mãe

A médica Elizandra Sottili, de 38 anos, que mora em Santa Catarina e trabalha no Hospital Regional Araranguá, não vê a mãe desde o dia 26 de janeiro, data em que veio visitar a família,  na comemoração do aniversário de seu pai. Os seus pais e dois irmãos, Daniela e Jean moram em Fagundes Varela e a irmã Jovana, em Veranópolis.

Não passar a data em família, para ela, é difícil.

“Minhas crianças pedem a toda hora para visitar os primos e avós. Meu sobrinho nasceu em março e nem fomos visitar. Mas é melhor assim, nesse momento” ressalta.

A mãe de Elizandra, Alva Maria Guidolin Sottili, 65 anos, dona de casa/agricultora, também destaca que a saudades é grande, mas é preciso seguir as orientações.

“É lógico que sentirei muita falta do abraço da minha filha Elizandra e de um carinho, mas nestes tempos de isolamento estou respeitando e procurando entender que essa distância é necessária para um encontro futuro mais saudável e alegre”.

A rotina de Elizandra está muito diferente, tanto no hospital, onde trabalha no setor respiratório (ala separada onde são atendidos casos suspeitos de coronavírus), na UTI e na emergência, quanto em casa.

“No hospital, troco a roupa na chegada, na saída, uso máscara e equipamentos impermeáveis em todos os setores. E em casa, também temos divisões. Chego em uma área ‘suja’ que é nosso salão gourmet, troco de roupa, tomo banho e então, vou para dentro de casa”.

Visando a proteção, ela não dorme mais com os filhos Davi, 4 anos, e Liz Maria, 1 ano, e quando os pega no colo, usa máscara.

O momento de distanciamento, sem poder visitar a família é triste, porém, acima de tudo, está a preocupação.

“Reforço sempre as recomendações a eles [familiares]. Mas é difícil para quem não vive diretamente a situação e só ouve e vê pela televisão. Me preocupa eles ficarem doentes e eu não poder ir ou não o fizer em tempo de ajudá-los”, salienta.

A médica reforça que é necessário manter os cuidados e não ceder.

“Se puder fique em casa e cuide dos seus hábitos saudáveis. Mais alguns meses e tudo estará sob controle”, afirma. 

Na foto ao lado, os pais de Elizandra, Celso e Alva, com os netos.

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