Sonho de ser mãe supera diagnóstico médico negativo e vira realidade

Para muitas meninas o sonho de ser mãe faz parte dos planos para o futuro desde sempre. O desejo de ter um filho está relacionado a ampliar a família, dar continuidade às suas gerações, gerar e dar todo amor possível para aquele ser. Com isso, receber um diagnóstico médico de que não há possibilidade de isso acontecer causa uma reviravolta, mas, como dizem, a vida é uma caixinha de surpresas.
A assistente social, Vanessa Pissaia, viu seu desejo de ter um filho acabar após ser diagnosticada com problemas no útero. “Sempre tive o sonho de ser mãe, porém quando estávamos planejando engravidar, isso há uns 7 anos, fui realizar os exames e foi constato que estava com problema no útero. Ele estava totalmente septado e teria que realizar um procedimento caso desejasse engravidar. Na época foi realizado o procedimento e quando, em uma consulta, fui mostrar o resultado foi me dito que não seria possível engravidar”, explica. A notícia foi um choque. “Nunca esqueço daquele dia que entrei no elevador do consultório médico e chorei muito em soluços”, recorda.
Mesmo com o resultado, ela decidiu buscar uma segunda opinião, na esperança de que houvesse uma saída, mas o prognóstico não era favorável. “Não satisfeita com a resposta médica, procurei outro profissional de saúde no qual me relatou que sim, até por ventura poderia engravidar, porém não conseguiria seguir com a gravidez, já que o espaço no útero era pequeno e o feto não iria conseguir se desenvolver”, relembra Vanessa.
Com todas as negativas recebidas, ela, mesmo que inconscientemente, encontrou uma forma de lidar com a situação mudando a visão em relação à maternidade. “O impacto foi um bloqueio no mesmo momento, talvez por medo, por sofrimento que isso e estava me causando comecei a criar um pensamento negativo em ser mãe. Meus discursos eram que não quero ser mãe, é loucura colocar filhos no mundo em uma sociedade tão injusta. Quando alguém conhecida ou familiar engravidava, minha opinião era de não aprovação, que as pessoas não tinham noção da responsabilidade em geram uma vida e que eu jamais iria querer um compromisso assim, mas isso tudo era porque, na realidade, eu não podia e isso era uma forma de defesa de não sofrer com a situação”, avalia.
A vida, entretanto, pode trazer muitas surpresas e Vanessa veria novamente os planos mudarem. “Com o passar do tempo já isso estava certo na minha vida, que não iria ser mãe, porém, em um final de semana comum percebi mudança no meu corpo, mas imaginei tudo menos a gravidez. Com o passar dos dias, por ocasião, realizei um teste rápido no qual deu positivo. Posteriormente um exame de sangue, que também deu positivo”, conta.
Após os resultados, houve um misto de sentimentos. “Na hora a reação foi de muita felicidade, mas de incerteza, já que o diagnóstico era que se eu engravidasse não iria conseguir seguir com a gestação”, lembra a assistente social. Além dos próprios receios, teve que lidar com as opiniões das outras pessoas. “No início ninguém acreditou que poderia levar adiante, desde meu companheiro e familiares, mas no fundo sentia que o que estava ali dentro já era uma guerreira e iria, de um jeito ou outro, seguir em frente”, rememora.
No decorrer do processo, ela conta que momentos difíceis vieram. “Semanas depois começaram os sangramentos e aí vieram os medos, as incertezas, as angustias. Em consultas médicas realizadas sempre me informaram que estava tudo bem e fomos seguindo, mesmo parecendo tudo indo contra seguimos e cada dia mais forte e cada dia mais saudável”, destaca.
Os sangramentos pararam, o bebê foi crescendo e desenvolvendo e os exames seguiam mostrando que estava tudo normal. “Todo aquele discurso contra, de não querer ser mãe, agora já era discurso de cuidados, de responsabilidade, do afeto em estar gerando uma vida. Claro que a gestação não é um mar de rosas, pois vem junto as limitações, a insegurança, as alterações físicas e mentais, mas ao mesmo tempo um estado de calmaria de emoção de algo inexplicável mexendo dentro de você”, descreve Vanessa.
O acompanhamento da gestação foi tranquilo e ela tinha escolhido cesárea, por opção, a qual havida sido agendada para dia 12 de abril, mas quando foi no final de semana do dia 10 de abril nasceu a tão desejada Caroline. “Mais uma vez todos contra ao parto normal e a favor da cesárea, ela veio de parto normal, pesando 3.555Kg e 50 cm. No momento do nascimento as dores são fortes, parece que o mundo vai acabar, mas quando olhamos para aquela criatura a sensação é indescritível, nasce o amor mais puro que se pode imaginar”, lembra a mamãe.
Com o sonho realizado, Vanessa se derrete pela filha. “Hoje posso afirmar que minha vida está completa com a chegada da Caroline. Um amor inexplicável! É se doar a todo momento. É querer aproveitar cada momento como se fosse único e pedir que o tempo pare. É cada dia acordar e fazer o melhor por ela a achar que nunca é o suficiente”, detalha.
Menos de um mês após o nascimento da pequena Caroline, Vanessa vai celebrar o primeiro Dia das Mães. “Ah, vai ser tudo especial, com a família reunida celebrando essa bênção recebida. Com o coração cheio de alegria e gratidão, pois neste mundo que está um caos, um presente desses somente tenho que agradecer”, finaliza a mãe.

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