Veranópolis Inspira: Janete, um exemplo de luta e dedicação

Janete Beatriz Robattini, conhecida como Janetinha, tem 58 anos. Sua história é marcada por muita dedicação e superações. Ela iniciou sua vida escolar em 1966, na Escola Felipe dos Santos, e lembra que sofreu discriminação das demais crianças, o que hoje é caracterizado como bullying. Era difícil para ela enfrentar essa situação, mas foi nessa época que uma de suas colegas, Isabel Toschi, passou a lhe apoiar e proteger, tornando-se sua melhor amiga. Amizade que as duas mantém até hoje. 
Após quatro anos, passou para o Colégio Regina Coeli, onde estudou até o final do ensino médio. Lá ela foi bem aceita por todos, desenvolvendo amizades em todos os anos e nunca tendo dificuldade em acompanhar os conteúdos escolares. Janete recebia apoio da família, colegas e professores. Durante um ano, precisou se afastar da escola devido a uma cirurgia na coluna. 
No segundo grau, direcionou sua formação para o Magistério. Ao concluir o curso, iniciou o estágio no Colégio Virgínia Bernardi. Nessa época, ela recorda que enfrentou muitas dificuldades, pois não conseguia ter domínio sobre a turma de alunos. Isso fez com que ela desistisse de concluir o estágio. 
Janete passou um período na casa de sua amiga Isabel que, nessa época, já residia em Porto Alegre. E, na Capital, aproveitou para fazer um curso de telefonista e recepcionista no Senac. Quando retornou a Veranópolis, surgiu uma vaga de telefonista na empresa Union Distillery Maltwhisky, onde permaneceu por quatro anos. Segundo ela, foi um período muito bom, pois todo o quadro da empresa sempre foi muito solícito, de modo que guarda grandes amizades e ótimas lembranças dessa época. 
Ao ser informada por sua mãe sobre um concurso da Prefeitura, Janete inscreveu-se para o cargo de telefonista. Ela foi aprovada e iniciou o trabalho em 1989. Desempenhou essa função a maior parte de sua vida profissional, atendendo pessoas de todo o país, fornecendo números para todos que precisassem. Além de que, fez amizades com pessoas que não conhece pessoalmente. Janete diz que sempre gostou de auxiliar as pessoas.
Durante esse período, ela foi tema de uma reportagem do extinto programa da RBS, o Teledomingo, que retratou sobre o nanismo, seu dia a dia no trabalho e em casa. Após mais de vinte e seis anos de serviço na prefeitura, encerrou suas atividades como telefonista. Já aposentada, após sete meses começou a trabalhar na biblioteca do Colégio Regina Coeli. De toda essa trajetória, Janete agradece a sua família que sempre a apoiou, aos amigos que conquistou, aos gestores que acreditaram na sua capacidade, a todos que, de alguma forma, contribuíram para que essa caminhada tenha sido tão feliz até hoje.

 

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